Próxima semana tem CPI da Zona do Euro; Magazine Luiza [MGLU3] apresenta balanço trimestral

Panorama para 14 a 18 de agosto

A semana trouxe indicadores de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou alta de 0,12% em julho, na comparação com junho. O acumulado de 12 meses ficou em 3,99%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano subiu 0,2% em julho, mantendo a mesma porcentagem do mês anterior. Com isso, a inflação ficou em 3,2% no acumulado em 12 meses.

Sem grandes indicadores domésticos na semana que vem, o mercado se volta para a Zona do Euro, a qual divulgará seu CPI e PIB na próxima semana.

Além disso, investidores se atentam para a ata do Federal Open Market Committee (Fomc), que pode trazer novas pistas para o direcionamento do comitê do Federal Reserve (Fed) para as próximas reuniões de decisão de política monetária.

Radar de Proventos

Na segunda-feira (14) ficam “ex-dividendos” as ações de Vale [VALE3], Banco Mercantil do Brasil [BMEB4] e Mitre Realty [MTRE3].

Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (12) terão direito aos proventos anunciados. 

Já na terça-feira (15) ficam “ex” as ações de MRV* [MRVE33] e Minerva [BEEF3]. 

Na quarta-feira (16), fica “ex-direito” o papel de Lavvi [LAVV3] e Energisa [ENGI3].

Na quinta-feira (17), JBS* [JBSS3], BB Seguridade [BBSE3] e BR Partners [BRBI11] ficam “ex”.

Por fim, na sexta-feira (18), ficam “ex-proventos” as ações da OdontoPrev* [ODPV3], Ultrapar [UGPA3], Eztec [EZTC3] e CPFL Energia [CPFE3].

*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que estas ações ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.

Temporada de Balanços [2T23]

No Brasil, a segunda-feira (14) traz os balanços trimestrais de Localiza [RENT3], Track&Field [TFCO4], BRF [BRFS3], BrisaNet [BRIT3], Copel [CPLE6], Qualicorp [QUAL3], JBS [JBSS3], JHSF [JHSF3], Magazine Luiza [MGLU3], Marfrig [MRFG3], Oncoclínicas [ONCO3], Agrogalaxy [AGXY3], Aliansce Sonae [ALSO3], Ambipar [AMBP3], Ânima [ANIM3], Cosan [CSAN3], Cruzeiro do Sul [CSED3], Desktop [DESK3], Embraer [EMBR3], G2D [G2DI33], Hidrovias do Brasil [HBAS3], Inter [INBR32], Multilaser [MLAS3], Grupo Natura [NTCO3], Orizon [ORVR3], Ser Educacional [SEER3], 3Tentos [TTEN3], Tupy [TUPY3], Vibra Energia [VBBR3], Viveo [VVEO3], Raízen [RAIZ4]. No mesmo dia, São Martinho reporta resultados do 1T24 do ano-safra.

Por fim, a terça-feira (15) traz o resultado do Nubank [NUBR33].

Panorama do Ibovespa

O Ibovespa segue consolidado desde o início de julho, entre 116 mil e 123 mil pontos, informou Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research. 

“[O Ibovespa] já vem em uma sequência de sete ou oito pregões em queda. Por mais que as quedas não sejam grandes, é um padrão relativamente raro, o que aumenta a probabilidade do mercado defender essa região de suporte nos 116 mil pontos”, afirmou. 

Para novas compras no curto prazo, ele aconselha esperar um rompimento do Ibovespa em 119.550 pontos, com primeiro alvo de curtíssimo prazo em 123 mil pontos, que, se rompidos, levam o alvo para 130 mil pontos.

Por outro lado, se o mercado iniciar uma consolidação nos 116 mil pontos e vir a confirmar o rompimento e perda de suporte, o analista sinaliza que o mercado poderia começar a testar o patamar dos 112 mil pontos.

Dicas de Trades

Alpargatas [ALPA4]

O ativo monta um pivô no gráfico semanal, saindo da região de retração, além de apresentar um fluxo grande de compra quando saltou dos R$ 6,80 para os R$ 11,00, Filipe indicou. 

“A gente pode ter uma retomada dessa movimentação de alta”, afirmou. 

Caso isso se concretize, o ativo, que está na região dos R$ 10,00, teria como alvo a região dos R$ 19,50, com espaço de valorização em torno de 100% para as próximas semanas e os próximos meses. 

O stop ficaria abaixo dos R$ 8,39.

Magazine Luiza [MGLU3]

A ação se encontra dentro de uma região de triângulo no gráfico semanal e vem caindo lentamente nas últimas semanas, afirmou Filipe. 

É provável que o ativo teste a LTA – a qual está na região dos R$ 2,65 –, que, se perdida, vem buscar os R$ 2,37, disse o analista.

“Como [a ação] está vindo de uma movimentação com pouco descanso, é bem provável que o ativo tenha dificuldade para romper essa região dos R$ 2,70, R$ 2,65.”

Ele afirmou que é importante ficar atento a uma possível entrada de fluxo comprador e deixa de um candle comprador nesta região (dos R$ 2,65, R$ 2,70), porque desta forma teria-se uma oportunidade de compra em MGLU3.

Esta compra teria alvo em torno de R$ 3,80, o que daria cerca de 35% a 40% de valorização no papel.

Totvs [TOTS3]

Por fim, TOTS3 havia ficado desde maio na região entre R$ 28,00 e R$ 30,60 e confirmou perda de suporte, indicou Filipe.

O analista sinalizou que o papel teve um aumento de volume nos últimos dias, o que abre espaço para quedas até o próximo suporte entre R$ 24,88 e R$ 25,00 e depois o suporte principal em R$ 22,50. 

“Sou vendedor do ativo e, se tiver exposição, stoparia ou, pelo menos, (faria) uma redução da quantidade de ações compradas.”

Indicadores econômicos

A semana que vem traz o CPI e o PIB da Zona do Euro.

O bloco econômico deve registrar deflação em julho, em grande parte, por conta da base de comparação dos bens energéticos no ano passado, informou o analista de macroeconomia da Benndorf Research, Marco Ferrini.

“Por outro lado, também antecipamos variações expressivas dos serviços e dos bens industriais não energéticos, bem como dos alimentos, confirmando mais um mês de inflação persistente na comparação anual do núcleo do índice”, afirmou.

Ainda que o Banco Central Europeu (BCE) não tenha dado sinais mais claros sobre novas altas nos juros nas próximas reuniões, o especialista aponta que a entidade deve reajustar os juros em 0,25 p.p. 

Já o PIB deve seguir a prévia, a qual indicou crescimento de 0,3%, em recuperação da recessão técnica do 1T23, disse Marco. 

“Esperamos dados mais concretos sinalizando uma recuperação da demanda, especialmente nos serviços, causada pelo alívio das pressões inflacionárias, mas também antecipamos números ruins para a indústria em meio a taxa de juros recorde.”

Segundo ele, os destaques positivos entre as principais economias do grupo devem ser França e Espanha e o negativo, a Alemanha.