Próxima semana tem decisão do Copom e PMIs americanos

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano

Panorama para 19 a 23 de junho

A próxima semana traz a nova taxa de juros do Brasil, com a decisão da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o qual se reunirá nos dias 21 (terça-feira) e 22 (quarta-feira).

No cenário político, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve debater o arcabouço fiscal nesta terça-feira (20), podendo votar no mesmo dia ou na quarta. 

Além disso, o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, deixa o ministério na segunda para poder se preparar para a sabatina em relação à indicação a uma das diretorias do BC, de acordo com a Reuters.

No exterior, o mercado monitora na sexta os PMIs dos EUA. Na segunda-feira, as bolsas americanas fecham por conta do feriado Juneteenth. 

Radar de Proventos

Na segunda-feira (19), a ação de M. Dias Branco [MDIA3] fica “ex-proventos”.

Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (16) terão direito aos proventos anunciados. 

Na terça-feira (20), ficam “ex” as ações de JHSF [JHSF3] e Itaú [ITUB4].

Ficam “ex-direitos” os papéis da B3* [B3SA3] na quinta-feira (22).

Por fim, na sexta-feira (23), ficam “ex-proventos” Rede D’or* [RDOR3], MRV* [MRVE3], TIM* [TIMS3] e JBS* [JBSS3].

*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que as ações marcadas ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.

Panorama do Ibovespa 

O Ibovespa fechou mais uma semana em alta, tentando a resistência principal em 120 mil pontos, aponta Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research. 

Ele indica que ainda há um bom volume financeiro no mercado, mas pediu cuidado com as compras pois vários ativos ainda não apresentaram sinais de realização de lucros. 

Caso confirmado o rompimento da resistência, ele indica que o Ibovespa pode chegar a 125 mil, 130 mil pontos, máxima histórica. 

Panorama do Ibovespa de fevereiro de 2021 até hoje. Fonte: Filipe Borges/Trading View

Dicas de Trades

Vale [VALE3]

Filipe enxerga que o ativo surge como boa alternativa para compras no curto prazo por não ter acompanhado a alta do mercado nas últimas semanas.

Além de ter bom fundamento, o analista indica que o lado técnico também está favorável para compras, com suporte em R$ 63,50 e espaço para valorização com alvos em R$ 74,00 e R$ 90,00.

Desempenho de VALE3. Fonte: Filipe Borges/Trading View

CPFL Energia [CPFE3] 

Outra ação na qual Filipe indica possibilidades de negócio é a CPFE3. O analista disse que o ativo voltou a chamar atenção para compras, com entrada de volume e fluxo comprador.

Existe uma resistência próxima em R$ 32,50 que, caso rompida, abre espaço para altas com alvos em R$ 34,50 e R$ 39,00, indicou o analista.

Desempenho de CPFLE3. Fonte: Filipe Borges/Trading View

ITAÚ [ITUB4]

Por fim, Filipe explica que ITUB4 segue em alta no curto prazo, com o próximo alvo em R$ 30,30. 

“Acima deste valor, poderemos ver a ação buscando topo de canal de alta em R$ 34,50.”

Desempenho de ITUB4. Fonte: Filipe Borges/Trading View

Indicadores Econômicos

A próxima semana traz a decisão de política monetária pelo Copom e os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) nos Estados Unidos. 

O Copom deve manter a taxa Selic no mesmo patamar, em 13,75%, segundo o analista de macroeconomia da Benndorf Research, Marco Ferrini. O comitê deve citar o núcleo da inflação ainda elevado como uma das questões centrais para a decisão. 

Por outro lado, o analista afirma que o comunicado deve vir em tom mais dovish, já que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez declarações positivas quanto ao gerenciamento da economia pelo governo, à pressão inflacionária e às curvas de juros. 

“No mais, mantemos nossas expectativas de início do ciclo de cortes de juros em setembro.”

Para os PMIs americanos, Marco entende que devem seguir com o comportamento apresentado nos últimos meses. Para o PMI industrial, ele projeta que deverá haver contração no nível de atividade, por conta da contração da oferta de crédito, a inflação alta e consequente demanda por bens.

Em serviços, o analista aponta que devem seguir com bom desempenho, por serem mais “inelásticos” e sofrerem menos com a deterioração macroeconômica.

Calendário Macroeconômico

Hora

País

Evento

Segunda-feira

8h25

22h15

 

Brasil

China

 

Boletim Focus

Taxa preferencial de empréstimo do PBoC

Terça-feira

9h30

9h30

12h45

 

EUA

EUA

EUA

 

Licenças de construção (mai)

Construção de novas casa (mai)

Discurso do Fomc

Quarta-feira

3h

3h

7h

17h

 

Reino Unido

Reino Unido

Reino Unido

EUA

 

CPI (mai)

PPI bens intermediários (mai)

índice CBI de tendências industriais

Discurso do Fomc

Quinta-feira

8h

8h

11h

11h

 

Reino Unido

Reino Unido

EUA

EUA

 

Decisão de política monetária do MPC (BoE)

Atas da reunião do MPC

Vendas de casas usadas (mai)

Discurso do Fomc

Sexta-feira

3h

3h

5h

5h

5h

5h30

5h30

6h15

9h

10h45

10h45

14h40

 

Reino Unido

Reino Unido

Zona do Euro

Zona do Euro

Zona do Euro

Reino Unido

Reino Unido

EUA

EUA

EUA

EUA

EUA

 

Vendas no varejo (mai)

Núcleo de vendas no varejo (mai)

PMI industrial (jun)

PMI composto S&P Global (jun) 

PMI do setor de serviços (jun)

PMI composto

PMI do setor de serviços 

Discurso do Fomc

Discurso do Fomc

PMI industrial (jun)

PMI composto S&P Global (jun) 

Discurso do Fomc

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