Panorama de 11 a 15 de novembro
A semana entre 11 e 15 de novembro será marcada pela política monetária nos Estados Unidos e pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil. No Brasil, o Banco Central publicará dados fiscais atrasados de setembro e o Boletim Focus na segunda-feira, enquanto investidores aguardam o anúncio de um pacote fiscal ainda não confirmado. Nos EUA, as atenções estarão voltadas para a continuidade da temporada de balanços, embora restem poucas grandes empresas para divulgar resultados.
Temporada de balanços
Muitas empresas divulgarão seus balanços trimestrais na próxima semana, entre elas nomes importantes como Localiza [RENT3], Sabesp [SBSP3] e Grupo Mateus [GMAT3].
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Panorama do Ibovespa
O Ibov segue em tendência de queda, mantendo topos e fundos descendentes. Ao perder o suporte de 128 mil pontos, o índice abre espaço para quedas mais expressivas, possivelmente até o próximo suporte de 125.200 pontos, valor próximo ao fechamento de 5 de agosto. Caso o índice rompa essa região, é possível um teste do patamar de 123 mil pontos.
Para entradas de compra, Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research, sugere aguardar uma configuração mais favorável no gráfico de 60 minutos para novas oportunidades.
Dicas de Trades
Minerva Foods [BEEF3]
Borges sinaliza um cenário desafiador para a Minerva. A ação está testando a região de R$5,40 e, caso essa marca seja rompida, “abaixo desse ponto, o ativo só tem região de suporte no primeiro alvo, que seria nos R$4,70”. O analista alerta para o risco de quedas mais significativas, com um alvo principal entre R$4,40 e R$3,80.
Diante desse cenário, Borges recomenda cautela aos investidores, sugerindo a redução ou até mesmo o encerramento das posições em Minerva.
Vale [VALE3]
Após um forte pregão na quinta-feira, VALE3 reverteu todo o ganho no dia seguinte. “O ativo trabalhando com mais de 5% de queda, e mais uma vez reforçando que o ativo não está para compra ainda”, destaca o analista.
Filipe chama a atenção para a linha de tendência de baixa que se estende desde o início de 2023 e impede que a Vale se valorize de forma consistente. “Vale agora testa esse suporte, teve um fechamento de gap, na verdade, no R$59,80, tem um suporte no R$59,17, e abaixo desse ponto deve fechar gap ali no R$57,90”, detalha o analista. Considerando a atual configuração técnica, o analista recomenda cautela, postergando a tomada de posição até que haja evidências mais robustas de mudança de direção.
Braskem [BRKM5]
Para Filipe, a ação da Braskem encontra um nível de suporte crucial em R$ 15,30. Caso essa marca seja rompida, o analista projeta um alvo para novas vendas entre R$ 10,70 e R$ 8,60. É importante notar que R$ 8,60 coincide com a mínima histórica da ação, registrada durante a crise do COVID-19 em 2020.
Diante desse cenário, Borges recomenda a redução ou o encerramento das posições em Braskem, uma vez que, tecnicamente, não há indicações positivas para compras no curto prazo. O volume de negócios na ponta vendedora no gráfico semanal corrobora com essa perspectiva.
Indicadores econômicos
Na terça-feira, os investidores analisarão a ata da última reunião do Copom, que recentemente acelerou o ritmo de alta da Selic para 11,25% ao ano. A divulgação da ata será essencial para entender as justificativas do comitê sobre o cenário internacional e as preocupações com a política fiscal. Nos EUA, membros do Federal Reserve (Fed) participarão de eventos onde poderão compartilhar suas perspectivas econômicas, logo após a eleição de Donald Trump à presidência, o que pode influenciar a direção das políticas econômicas.
Finalmente, na quarta-feira, os EUA divulgarão os dados de inflação ao consumidor de outubro, enquanto o mercado acompanha as contas públicas federais devido ao aumento da dívida. No Brasil, sairá o volume de serviços de setembro, e na quinta-feira, o Banco Central divulgará o IBC-Br, prévia do PIB. Internacionalmente, Reino Unido, Zona do Euro, Japão e China também trarão dados de atividade econômica, incluindo o PIB e dados de produção industrial e varejo, trazendo novos indicadores do cenário econômico global.