Panorama para 22 a 26 de maio
A próxima semana é mais cheia, principalmente no cenário político, tanto no cenário doméstico quanto no exterior.
Por aqui, as discussões e votação do arcabouço fiscal devem começar entre terça (23) e quarta-feira (24), de acordo com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Caso o texto seja aprovado, o texto segue para o Senado.
Na última quarta-feira (17), a Casa votou pela urgência na votação do projeto, com 367 votos favoráveis e 102 contrários, além de uma abstenção.
Em relação a indicadores, o IPCA-15, principal termômetro para o IPCA, será divulgado na quinta-feira (25).
No exterior, as negociações sobre o teto da dívida americana seguem, com muitos embates entre democratas e republicanos. A ata do Federal Reserve (Fed) e o índice de preços PCE também ficam no radar.
Vale mencionar que a temporada de balanços do 1T23 terminou na semana passada.
Radar de proventos
Na segunda-feira (22) ficam “ex-dividendos” as ações de Alpargatas* [ALPA4] e Grupo Monteiro Aranha [MOAR3].
Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (12) terão direito aos proventos anunciados.
Já na terça-feira (23) ficam “ex” as ações de Vulcabras [VULC3] e Grendene [GRND3].
Na quarta-feira (24), fica “ex-direito” o papel de Banco Pan* [BPAN4].
Na quinta-feira (25), JBS* [JBSS3] fica “ex”.
Por fim, na sexta-feira (19), ficam “ex-proventos” as ações da SYN* [SYNE3] e Ultrapar* [UGPA3].
*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que estas ações ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.
Panorama do Ibovespa
O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (19) com “um fechamento semanal muito bonito, e aponta ainda espaço para continuar com essa movimentação de alta”, afirmou o analista técnico da Benndorf Research, FIlipe Borges.
Segundo ele, a resistência formada no intraday, em cerca de 111 mil e 200 pontos, caso rompida, pode abrir espaço para a manutenção deste movimento de alta até a resistência de 114 mil pontos.
“Já o suporte era a antiga resistência, em 107 mil pontos”, completou.

Dicas de Trades
Para trades na semana que vem, Filipe Borges indica que a Prio [PRIO3] pode oferecer oportunidades. De acordo com o analista, é uma ação em tendência de alta no gráfico diário.
“Estamos até com uma posição de swing trade em aberto nesse momento”, declarou.
O ativo testa região e resistência em R$ 37,20 que, caso rompida, o próximo alvo seria apenas em R$ 42,50, um espaço de valorização em torno de 14%, disse Filipe.

Outra possibilidade de trade para Filipe seria Bradesco [BBDC3;BBDC4]*, ação do setor bancário com melhor performance nas últimas semanas.
O ativo segue em alta e com resistência em R$ 16,50 e, se houver o rompimento, “caminha em direção ao fechamento do gap em R$ 17,50.
Filipe não recomenda a ação para compras de curto prazo, por gestão de risco. Para os investidores que estiverem comprados, o analista indica um stop abaixo de R$ 15,40.
“É uma boa região para realizar lucros e com alvos entre R$ 16,50 e R$ 17,50”, afirmou.

Por fim, Filipe aponta que Vale [VALE3] segue consolidada no gráfico diário, entre R$ 67,00 e R$ 71,00.
O ativo tem LTA do gráfico semanal de longo prazo que está passando na região entre R$ 66,00 e R$ 65,00, onde Filipe afirmou poder ser interessante para quem gosta de ações para buy and hold.
“Para swing trade, aguardo ou a confirmação do rompimento de R$ 71,00 com aumento de volume, fechamento do gráfico diário nesse caso, ou uma defesa – entrada de fluxo comprador caso o ativo tenha que romper o R$ 65,00 e não consiga nos próximos dias”.

Indicadores econômicos
A próxima semana traz o índice de preços PCE nos EUA, além dos PMIs do país.
O PCE mensal de abril deve vir mais fraco, por conta da queda das principais commodities agrícolas durante o mês e também com a demanda por bens ainda fraca, segundo o analista de macroeconomia da Benndorf, Marco Ferrini.
“Por outro lado, os serviços devem mostrar nova variação positiva, visto que o nível de atividade do setor continua forte”, afirmou.
No confronto anual, o índice deve vir estável, por conta do avanço dos bens e serviços e dos alimentos no período. O destaque negativo deve ser o setor de energia.
Já a prévia dos PMIs deve reforçar o cenário de fraqueza na indústria, já visto nos últimos meses, de acordo com o analista.
O resultado vem em meio ao contexto de demanda fraca por bens internamente e externamente e o nível de atividade sólido dos serviços, “com uma potencial queda aqui causada pela desaceleração da economia do país e dos principais parceiros econômicos, bem como pela priorização por poupar dos consumidores diante do cenário de instabilidade no sistema bancário”, avalia Marco.
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Vendas no varejo (abr)
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Pedidos de bens duráveis (abr)
índice de preços PCE (abr)
Gastos pessoais (abr)
Confiança do consumidor Michigan – leitura final (mai)
Índice Michigan de percepção do consumidor (mai)