Próxima semana tem IPCA de junho e CPI americano

Panorama de 10 a 14 de julho

A semana foi marcada, internamente, pelo cenário político, com a aprovação da reforma tributária na noite de ontem (06). O projeto teve 375 votos a favor, 113 votos contra e 3 abstenções no segundo turno da votação.

Além disso, a ata do Federal Open Market Committee (Fomc) reforçou que é praticamente consenso entre os membros do comitê que uma nova alta deve acontecer na próxima reunião, em julho.

Na próxima semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho deve movimentar o mercado, guiando as expectativas de corte na Selic em agosto. As projeções também podem ser influenciadas pela Focus e com o avanço da agenda econômica no Congresso. 

Lá fora, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) deve ser mais um sinalizador para a próxima movimentação do Federal Reserve (Fed) em relação à sua política monetária. 

O CPI chinês também fica no radar, com investidores aguardando quaisquer decisões de estímulos para a economia da China.

Radar de Proventos

Na segunda-feira (10), os FIIs de BTG Pactual* [BRCR11] ficam “ex-proventos”.

Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (07) terão direito aos proventos anunciados. 

Por fim, na sexta-feira (07), ficam “ex-direitos” Guararapes* [GUAR3], MRV* [MRVE3] e Suzano* [SUZB3].

*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que as ações marcadas ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.

Panorama do Ibovespa

O Ibovespa está consolidado nas duas últimas semanas entre 116.500 e 120.500 pontos, mas vem se mantendo acima do rompimento da linha de tendência de baixa (LTB), informou o analista técnico da Benndorf Research, Filipe Borges.

Segundo ele, esse cenário aumenta a probabilidade de um rompimento para cima e o prosseguimento do movimento de alta iniciado no começo de maio. 

Caso haja um fechamento acima de 120.500 pontos, o analista explica que abre-se um espaço para valorizações entre 127.500 e 130.000 pontos, levando a valorização em torno de 8%.

Dicas de Trades

Carrefour [CRFB3]

Filipe indica que CRFB3 está com uma estrutura de alta chamada bandeira de alta no gráfico diário e mostra a melhor movimentação e sinal para compras dos últimos meses. 

Existe também uma observação de saldo de agressão comprador, percebido no ativo nas últimas cinco semanas, o qual é o melhor já visto na história desde o IPO, disse o especialista.

No curto prazo, o analista observa que CRFB3 tem resistência em R$ 11,93 que, caso rompida, o ativo tem alvos em R$ 12,55 e R$ 15,26. 

“Caso o ativo atinja o alvo final em R$ 15,26, a gente iria observar uma alta nele em torno de 30% nas próximas semanas.”

Vale [VALE3]

No curto prazo, a ação segue consolidada e pressionada, o que torna difícil para ela obter novas altas e seguir os ganhos do mercado desde maio, afirmou FIlipe.

Ele alerta para o suporte na região de R$ 63,50; para o analista, não faz sentido manter posição de compra no papel se ele perder este suporte, porque VALE3 abriria espaço para novas quedas. 

“Novas operações de venda no alvo em R$ 55,60”, disse Filipe. Ele explica que este patamar daria um espaço para ganhar, na queda, em torno de 12%. 

Petrobras PN [PETR4]

Após mostrar forte valorização entre os R$ 24,00 até os R$ 32,00, entra em movimento de correção, o qual, de acordo com o Filipe, aparenta ser uma “perna de correção, chamada de perna dois na análise técnica”.

Ele indica, no momento, aguardar uma correção de PETR4 entre R$ 27,90 e R$ 27,00, a fim de observar a retomada de volume e fluxo comprador, além de um candle que aponte para nova movimentação de alta na ação. 

“Não vejo compras no papel no curto prazo”, sinalizou, “aguardem entre R$ 27,90 e R$ 27,00 para novas oportunidades de posição”.