Próxima semana tem Livro Bege e oportunidade em WEGE3

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano

Panorama da semana de 13 a 18 de outubro

A nova escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China deve ditar o tom dos mercados na próxima semana, segundo o economista Leandro Manzoni, do Investing. O presidente americano Donald Trump anunciou tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e restrições à exportação de softwares críticos, em resposta ao controle chinês sobre terras-raras e semicondutores. O movimento reforça o clima de aversão ao risco, que pode se estender ao início da próxima semana.

Nos Estados Unidos, o apagão de dados causado pela paralisação parcial do governo aumenta a relevância do Livro Bege do Federal Reserve, a ser divulgado na quarta-feira (15), e das falas de dirigentes do banco central durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial. A expectativa é que o Fed mantenha os juros entre 4% e 4,25% diante das incertezas.

No Brasil, a agenda traz dados de atividade de agosto – vendas no varejo, serviços e o IBC-Br – além do Boletim Focus, que deve seguir sem alterações nas projeções de inflação para 2027.

Panorama do Ibovespa 

O Ibovespa acumulou uma queda de cerca de 2,3% nesta semana e chegou à retração de 50% do principal movimento de alta iniciado no fundo dos 134 mil pontos. Para Filipe Borges, analista técnico da NMS Research, o índice encontra uma região decisiva. “O mercado está em uma linha de tendência de alta, mas também em uma zona de forte briga, o que indica dificuldade para romper nos próximos dias”, afirmou. Segundo ele, há espaço para uma correção de curto prazo, com alvos em 143.500 e 148.000 pontos. “Se o suporte em 139.000 for perdido, o índice pode buscar os 137.600 e, posteriormente, os 134.000 pontos”, completou.

Dicas de Trades

Weg [WEGE3]

As ações da Weg iniciaram uma operação de swing trade e vêm de rompimento de uma linha de tendência de baixa, sustentadas por aumento de fluxo comprador no gráfico diário. O papel é negociado a R$ 37,44, com stop em R$ 34,46. “A Weg mostrou seu melhor fechamento desde o início de setembro, o que reforça o sinal positivo”, avaliou Borges. Os alvos projetados pelo analista são R$ 39,35 e R$ 50,25, faixa em que o ativo fecharia um gap de preço. “Gosto muito dessa região de suporte, que oferece um potencial de valorização de até 34%”, disse.

Vibra [VBBR3] 

Vibra Energia segue em movimento de alta, com o ativo sendo negociado próximo ao preço de entrada de R$ 23,62 e stop em R$ 22,15. O plano de operação prevê realização parcial em R$ 24,96 e alvo final em R$ 29,99. “O papel vem mostrando uma estrutura técnica positiva e aumento de volume, com retração de 50% e padrão de alargamento que favorece compras”, explicou Borges. Segundo o analista, o volume do dia 7 de outubro foi o maior desde fevereiro, quando o ativo marcou fundo em R$ 15,00. “Estamos posicionados com um bom potencial de lucro à frente”, destacou.

Petrobras [PETR4]

As ações da Petrobras romperam o suporte em R$ 30,17 e voltaram a apontar para baixo, com espaço técnico para cair até R$ 29,15. “O papel está abaixo da linha de tendência de baixa principal e, enquanto permanecer nessa região, prefiro ficar fora das operações de compra”, afirmou Borges. O analista destacou que só voltaria a considerar compras em áreas de suporte relevantes. “Assim que Petrobras romper a LTB no gráfico semanal, como já vimos em Vale, o cenário pode mudar e as oportunidades de compra voltam ao radar”, completou.

Indicadores econômicos

A próxima semana será dominada por eventos nos Estados Unidos e no Brasil, em meio ao aumento das tensões comerciais entre Washington e Pequim. O destaque internacional é a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, na quarta-feira (15), que deve oferecer um retrato da economia americana em meio ao apagão de dados públicos. A reunião anual do FMI e do Banco Mundial, entre os dias 13 e 18, também concentrará as atenções, com possíveis sinalizações sobre juros globais e crescimento.

Nos Estados Unidos, o início da temporada de balanços corporativos, na terça-feira (14), trará os resultados dos grandes bancos, servindo como termômetro do setor financeiro em meio à incerteza econômica.

No Brasil, os investidores acompanharão a divulgação das vendas no varejo, do volume de serviços e do IBC-Br de agosto, além do Boletim Focus. O mercado deve observar se as incertezas fiscais e políticas influenciam as projeções de inflação para 2027, que são referência para as decisões futuras do Banco Central.

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