Panorama de 04 a 08 de outubro
A agenda semanal foi mais vazia e os mercados globais seguiram refletindo o comunicado do Fomc e o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ambos com tom mais duro em relação à política monetária dos Estados Unidos.
A perspectiva de que o Fed deve manter os juros altos por mais tempo azedou o humor do mercado brasileiro no começo da semana, mas a praça conseguiu se recuperar ao final.
Na próxima semana, os mercados acompanham dois importantes indicadores da economia americana: o índice de gerentes de compras (PMI) composto e o payroll. Ambos serão importantes para guiar a política de juros do país.
Radar de Proventos
Na segunda (02) ficam “ex-dividendos” as ações da Copel [CPLE6], Itaú [ITUB4] e Celesc [CLCSC4].
Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (29) terão direito aos proventos anunciados.
Já na terça-feira (03) ficam “ex” os papéis de Bradesco [BBDC4] e Armac [ARML3].
Panorama do Ibovespa
O Ibovespa segue em movimentação de baixa, apesar dos últimos três dias de repique, afirmou Filipe Borges, analista técnico da Benndorf, em referência às últimas altas do índice.
“Ibovespa chega na região dos 116.500, 116.000 pontos, [com] retração de 50% do movimento de curto prazo”, indicou.
Caso haja a perda do suporte em 113.300 pontos, o especialista projeta quedas mais relevantes entre 111 mil e 108.700 pontos.

Dicas de Trades
Magazine Luiza [MGLU3]
O ativo forma o segundo triângulo na história em seu gráfico, afirmou Filipe. Na primeira formação, o papel rompeu para baixo e caiu 85%, destacou.

De acordo com o especialista, há novamente o rompimento para baixo do triângulo mais recente no gráfico mensal, o que ele classifica como “bem feio”, além de estimar o último suporte na faixa dos R$ 2,00.
Abaixo desta região, o ativo abre espaços para quedas, com alvos entre R$ 1,00 e R$ 0,60.
Braskem [BRKM5]
“É outro ativos que já estamos posicionados com retorno na faixa de 6,5%”, ressaltou Filipe. Segundo ele, a call de venda foi feita nos R$ 21,95, mas que o ativo segue em movimentação de baixa.
O papel tem o último suporte de curto prazo em R$ 19,85, o qual foi estabelecido na última quinta-feira. Abaixo deste patamar, há espaços para mais quedas com alvo em R$ 18,85 e, caso a ação siga caindo, o alvo passa a ser R$ 17,50.
“Então eu sou vendedor desse ativo.”

CSN Mineração [CMIN3]
O papel está em movimentação de alta e Filipe o considera um dos melhores ativos do setor no momento, fechando a semana “bem forte”.
Sua próxima resistência é na região dos R$ 5,00. Acima disso, o ativo abre espaço para mais altas até os R$ 5,50, afirmou Filipe.
De acordo com o analista, a ação apresentou um fechamento semanal bem forte, com aumento de fluxo comprador, o que eleva a possibilidade de mais altas para o papel.

Indicadores econômicos
A próxima semana é marcada por dois importantes indicadores da economia americana: o payroll e o PMI composto.
O payroll deve seguir crescendo mas em ritmo mais lento em relação aos últimos meses, de acordo com o analista fundamentalista da Benndorf, Marco Ferrini. O especialista destaca que a perda de ritmo da economia americana e o aumento do pessimismo são os principais fatores a contribuir para a desaceleração.
“Ao mesmo tempo, esperamos que o desemprego no país apresente pouca variação e novos dados fortes dos salários, justificados pela dificuldade de encontrar trabalhadores capacitados para preencher determinadas vagas”, contrapôs.
Já o PMI composto – que engloba serviços e indústria – deve ter leve contração em setembro, refletindo a perda de ritmo no nível de atividade dos setores industrial e de serviços dos Estados Unidos, analisou Marco.
Os juros altos e as pressões inflacionárias foram as principais razões citadas pelo analista a afetar a demanda, seja interna ou externa.
“Além disso, diante dos dados mais recentes, os salários devem continuar impactando a inflação de custos”, argumentou.
O analista afirmou que a confiança dos negócios também devem apresentar recuo, afetada pelas greves, inflação, juros altos e condições de demanda deprimidas.
Calendário Macroeconômico
Hora
País
Evento
Segunda-feira
3h
5h
5h
6h
8h25
10h
10h45
11h
11h
12h
14h30
Reino Unido
Brasil
Zona do Euro
Zona do Euro
Brasil
Brasil
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
Índice de preços de imóveis Nationwide
IPC-Fipe (set)
PMI industrial (set)
Taxa de desemprego (ago)
Boletim Focus
PMI industrial S&P Global (set)
PMI industrial (set)
Índice ISM de emprego no setor manufatureiro (set)
Preços no setor manufatureiro ISM (set)
Discurso do Fomc
Discurso do Fomc
Terça-feira
–
–
–
Quarta-feira
5h
5h
5h
5h30
5h30
7h
10h
10h
10h45
11h
11h25
11h30
14h30
Zona do Euro
Zona do Euro
Reino Unido
Reino Unido
EUA
Brasil
Brasil
EUA
EUA
EUA
EUA
Brasil
Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
PMI composto S&P Global (set)
PMI de serviços (set)
PMI composto (set)
PMI de serviços (set)
Reunião da OPEP
PMI composto S&P Global (set)
PMI de serviços S&P Global (set)
PMI composto S&P Global (set)
Encomendas à indústria (ago)
Discurso do Fomc
Estoques de petróleo em Cushing
Fluxo cambial estrangeiro
Quinta-feira
5h30
Reino Unido
PMI de construção (set)
Sexta-feira
3h
5h30
8h
9h30
9h30
9h30
13h
Reino unido
Reino Unido
Brasil
EUA
EUA
EUA
EUA
Índice de preços de imóveis Halifax (set)
Produtividade de mão de obra
IGP-DI (set)
Salário médio por hora (set)
Taxa de participação (set)
Payroll (set)
Discurso do Fed