Próxima semana tem PCE; Filipe Borges dá gatilho de compra para EVEN3

Panorama de 18 a 22 de dezembro

As decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos movimentaram os mercados nesta semana. Na quarta-feira (13), o Federal Open Market Committee (Fomc) optou por manter os juros americanos no intervalo de 5,25% a 5,50%, repetindo a decisão da última reunião. 

No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) realizou outro corte de 0,50 p.p. na Selic, dando continuidade ao ciclo de queda de juros. 

Além disso, ficaram no radar dados de inflação em ambos os países. O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,1% em novembro ante outubro e 3,1% na comparação anual. Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,28% em novembro, levemente acima da taxa de outubro, mas abaixo das projeções. 

Na próxima semana, investidores acompanham a divulgação do índice de preços PCE.

Radar de Proventos

Na segunda-feira (18) ficam “ex-dividendos” as ações da WEG [WEGE3], CSU Digital [CSUD3],  Melnick [MELK3], Fleury [FLRY3] e Eucatex [EUCA4].

Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a sexta-feira (15) terão direito aos proventos anunciados.

Já na terça-feira (19) ficam “ex” as ações da Bemobi [BMOB3], Romi [ROMI3], Ferbasa [FESA4], Odontoprev [ODPV3], Itaúsa [ITSA4], Unipar [UNIP6] e Rede D’or [RDOR3].

Os papéis da Marfrig* [MRFG3], Ambev [ABEV3], Dexco [DXCO3], Allied [ALLD3], Ouro Fino [OFSA3] e Dexxos [DEXP3] ficam “ex-proventos” na quarta-feira (20).

Na quinta-feira (21), MRV* [MRVE3] fica “ex”.

Por fim, na sexta-feira (22), os ativos da CVC* [CVCB3], Vibra* [VBBR3], Localiza* [RENT3], Tim [TIMS3], Bradesco PN [BBDC4], Copel* [CPLE6] e Cemig [CMIG3] ficam “ex-divendos”.

*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que estas ações ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.

Panorama do Ibovespa

O índice fez um bom fechamento no gráfico semanal e alcançou máxima histórica com volume acima da média, o que aponta para novas altas, sinalizou o analista técnico Filipe Borges. “Quando a gente olha para o gráfico do índice futuro, graficamente há um espaço para uma alta entre 137 mil a 139 mil pontos”, analisou.

No gráfico semanal, o Ibovespa tem alvos entre 134 mil e 140 mil pontos, por expansão de Fibonacci, afirmou o analista.

Borges alerta o investidor que deseja fazer novas compras, reforçando a importância de se realizar uma boa gestão de risco nas operações e definir stop aceitáveis em relação ao alvo que se estabeleceu.

“Mas sou comprador de mercado ainda”, contrapôs. “Uma excelente semana […] em que a gente deve ter continuação do movimento de áudio”, disse Borges em referência à semana que vem.

Dicas de Trades

Minerva [BEEF3]

O ativo está em tendência de baixa, tanto no gráfico diário quanto no semanal, e é possível enxergar a formação de uma bandeira de baixa no curto prazo, apontou Borges.

“[A ação] segurou na região de retração de Fibonacci e, aparentemente, não teve força nem pra fechar o gap na região do R$ 7,80 e agora volta a apontar para baixo.”

Para novas entradas no papel, o analista sugere aguardar um fechamento abaixo dos R$ 7,10 acompanhado de aumento de volume. O alvo desta operação seria no próximo suporte em R$ 6,80, o qual, caso seja rompido, abre espaço para alvos entre R$ 6,00 e R$ 5,50.

Petz [PETZ3]

Assim como BEEF3, a ação também está em tendência de baixa, apontou Borges. No gráfico semanal, o ativo tem uma formação de pivô de baixa e um candle “bem vendedor”, disse o analista. 

Ele indica que novas vendas podem ser feitas a partir de um fechamento abaixo dos R$ 4,02. Os alvos de curto prazo seriam entre R$ 3,40 e R$ 3,00, região que se rompida abre espaço para quedas mais fortes, com alvos em R$ 2,44 e alvo final em R$ 2,00.

EzTec [EZTC3]

O papel está em tendência de alta no gráfico diário e no semanal e, por conta disso, Borges afirma que tem duas ferramentas de retração de Fibonacci. “Iremos trabalhar com alvos no gráfico diário, alvos um pouco mais realistas, porém que apresentam um ótimo retorno.”

O especialista afirma que está aguardando a confirmação do rompimento da resistência em R$ 7,80. Caso esta região seja rompida, abre espaço para alvos entre R$ 8,91 e alvo final entre R$ 9,80 a R$ 10,00. 

Indicadores econômicos

Na próxima semana, o índice de preços PCE – leitor de inflação favorito do Fed – será divulgado. 

O indicador deve apresentar um leve avanço na comparação mensal e um recuo maior na leitura anual, disse Marco Ferrini, analista de macroeconomia da Benndorf Research. Já o núcleo do indicador não deve apresentar grandes alterações, aponta Ferrini, em vista da atividade econômica resiliente nos Estados Unidos.

“Esperamos que a atividade de habitação continue se destacando do lado positivo, já que o mercado imobiliário americano enfrenta um cenário de baixa oferta e preços altos.”

Por outro lado, a energia deve seguir atuando na ponta negativa, por conta da queda dos preços do barril do petróleo em novembro, segundo Ferrini. 

“De modo geral, a principal referência da inflação americana tende a seguir uma trajetória de redução gradual ao longo dos próximos meses já que o nível de atividade do país mostra sinais mais claros de desaceleração, mas como o setor de serviços segue bastante robusto o núcleo provavelmente terá uma trajetória de queda ainda mais lenta.”