Próxima semana tem “Super Super Quarta”, com decisão de juros nos EUA, Brasil e Japão

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano
Panorama de 28 de julho a 3 de agosto

O Ibovespa encerrou a última semana praticamente estável, na faixa dos 127,4 pontos. Na semana que vem por aí, a política monetária estará no foco dos investidores.

O mês de julho se encerra na quarta-feira (31) com a decisão de política monetária de três bancos centrais: Banco do Japão (BoJ), Federal Reserve (Fed) e o Banco Central do Brasil. No dia seguinte, será a vez do Banco da Inglaterra (BoE) decidir as novas taxas de juros.

Uma chuva de dados de atividades também estará no radar do mercado, especialmente aqueles que são monitorados pelas autoridades monetárias para conduzir a política monetária. O destaque são os números relacionados ao mercado de trabalho dos EUA, apontam os analistas do Investing.com.

Panorama do Ibovespa

O Ibovespa apresentou um bom pregão no final da sexta-feira com 20% de alta, mas o analista técnico Filipe Borges destaca que o volume negociado na sexta-feira (26) foi bem mais fraco. Ou seja, não se pode inferir retorno de volume real para o mercado brasuleiro no momento.

Ele aponta que a linha de tendência de baixa (LTB) foi rompida “e veio sem descanso, porque o mercado veio lá da mínima dos 119 mil até os 130 mil, praticamente”. Filipe não vê força no mercado para subir nos próximos dias, “a não ser que realmente mude o comportamento de tempos gráficos menores primeiro”. 

O gráfico de 60 minutos mostra ainda a presença de topos de fundos descendentes, então o analista vê resistência no Ibovespa na região dos 128 mil pontos. O suporte atual está na faixa dos 125,8 mil.

Dicas de Trades

Vale [VALE3]

A ação segue sem mostrar nenhum sinal de força no curto prazo, descreve Filipe Borges. O ativo está próximo de uma região de suporte. “Se eu tivesse comprado em Vale, apenas manteria a posição agora.” Se o papel começar a trabalhar acima dos R$ 67,30, pode voltar a subir, acrescenta o analista.

Caso VALE3 tenha perda da região de mínima no suporte destacado no gráfico acima, em R$ 59,30, Filipe indicaria venda ou stop de uma posição comprada. “Ou então, a redução de uma posição também, visto que Vale pode apresentar um movimento de queda um pouco mais forte.”

C&A [CEAB3]

Filipe tem operação em CEAB3 na ponta vendedora, ganhando em torno de 6,15% até o momento. A venda foi realizada no patamar de R$ 9,09, que foi seguido por quedas mais fortes. O ativo fechou a semana passada com o “candle bonito para quem está vendido nesse ativo”, rompendo uma região de suporte de preço. 

O papel já trabalha agora com topos e fundos descendentes, “um gráfico semanal que é bem importante”, diz Filipe. Ele recomenda olho na perda do fechamento da mínima da última semana, em R$ 8,28, “que pode acelerar novas quedas no ativo até a próxima região de alvo, em R$ 7,09, onde está justamente o nosso alvo nessa operação vendedora”.

Suzano [SUZB3]

A ação da Suzano rompeu suporte. O ativo tinha trabalhado com forte gap no final de junho, e caminha para corrigir e fechar o intervalo. SUZB3 montou pivô de baixa no gráfico diário, com candles na ponta vendedora dominantes perante os candles da ponta compradora, analisa Filipe.

Se a ação fechar abaixo da mínima estabelecida na última região do suporte, tem com espaço para cair mais.Com isso, a Suzano abre uma oportunidade de venda nos próximos dias”, disse o analista técnico. O stop da eventual operação poderia ficar posicionado acima dos R$ 54,25, com alvos para a Suzano de R$ 48,40, para realização parcial, e R$ 46,30 como alvo final, pois coincide com o último suporte apresentado no ativo.

Indicadores econômicos

No Brasil, o Banco Central apresenta, na segunda-feira (29), os dados do setor público, logo após o tradicional relatório Focus de previsões econômicas. Na quarta-feira, o IBGE divulga os dados do 2º trimestre do mercado de trabalho.

“Além da decisão da manutenção da Selic em 10,5%, os dados que serão conhecidos ao longo da semana impactam a condução da política do Copom: política fiscal com incerteza em relação ao cumprimento da meta, deterioração da expectativa de inflação e um mercado de trabalho apertado com a massa salarial na máxima histórica”, avalia Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com.

Por fim, a temporada de balanços estará a todo vapor nos EUA, com resultados do segundo trimestre de empresas como Microsoft, Meta, Apple e Amazon.com. No Brasil, serão divulgados os balanços de Vivo [VIVT3], Tim [TIMS3], Gerdau [GGBR4], WEG [WEGE3] e Ambev [ABEV3] entre as principais empresas listadas na B3.

Calendário Macroeconômico

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