Próxima semana traz as taxas de juros do Brasil, EUA e Zona do Euro; balanço do Bradesco [BBDC3;BBDC4] fica no radar

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano

Panorama para 2 a 5 de maio

A próxima semana é mais curta, marcada pelo feriado do Dia do Trabalhador, o qual é comemorado no Brasil, Alemanha, Reino Unido e França no dia 1º, além de ser celebrado também nos dias 2 e 3 na China.

A próxima semana traz a terceira super-quarta do ano, em que o Copom, do Banco Central, e o Fomc, do Federal Reserve (Fed), confirmam as novas taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos

Além deles, o Banco Central Europeu (BCE) também irá anunciar o próximo juro da Zona do Euro, que segue um mistério para os analistas. 

O payroll americano, a ser divulgado na próxima sexta, também entra no radar do mercado.

Temporada de balanços [1T23]

No Brasil, a terça-feira (02) traz os balanços trimestrais da Iguatemi [IGTI11], Carrefour [CRFB3], Raia Drogasil [RADL3], Vulcabras [VULC3], Isa Cteep [TRPL4], Marcopolo [POMO4], Arezzo [ARZZ3], Copasa [CSMG3] e Intelbras [INTB3].

A quarta-feira (03) traz os balanços de Tenda [TEND3], Lojas Renner [LREN3], Pão de Açúcar [PCAR3], Gerdau [GGBR4], Prio [PRIO3], Ultrapar [UGPA3], Dexco [DXCO3], Klabin [KLBN11], CSN [CSNA3], CSN Mineração [CMIN3], EDP Brasil [ENBR3], Taesa [TAEE11] e Eletromidia [ELMD3]. 

Já na quinta-feira (04) – dias mais cheio da semana – estão previstos os resultados da Embraer [EMBR3], Assaí [ASAI3], Grupo Soma [SOMA3], Petz [PETZ3],  Via [VIIA3], Auren [AURE3], Ambev [ABEV3], CCR [CCRO3], Rumo [RAIL3], Bradesco [BBDC3;BBDC4], Blau [BLAU3], Alpargatas [ALPA4], AES Brasil [AESB3], Cemig [CMIG4], Eletrobras [ELET3;ELET6] e Engie [EGIE3]. 

Por fim, na sexta-feira (05), Vivara [VIVA3] e Fleury [FLRY3] divulgam seus balanços. 

Nos EUA, a temporada traz os balanços de Pfizer [PFIZ34], Ford [FDMO34] e Starbucks [SBUB34] na terça-feira. 

Na sexta-feira, são apresentados os resultados da Apple [AAPL34], Moderna [M1RN34] e Motorola [M1SI34].

Radar de proventos

Na segunda-feira (01) é feriado, portanto nenhuma ação fica “ex-dividendos”.

Já na terça-feira (02) – dia mais cheio da semana – ficam “ex” as ações de CPFL Energia [CPFE3], Wiz [WIZC3], Equatorial [EQTL3], Neogrid [NGRD3], Desktop [DESK3], Eletropar [LIPR3], LPS Brasil [LPSB3], Ambipar [AMBP3], Itaú Unibanco [ITUB4], Celesc [CLSC4], Banestes [BEES3], Agrogalaxy [AGXY3], Grupo Soma [SOMA3], Cruzeiro do Sul [CSED3], Enauta [ENAT3], Taurus [TASA4], Helbor [HBOR3], Grupo SBF [SBFG3], Rede Mater Dei [MATD3], Positivo [POSI3], Tupy [TUPY3], Copel* [CPLE6], CSU Digital [CSUD3], Allied Tecnologia* [ALLD3], Cury* [CURY3], Braskem* [BRKM5], Sabesp [SBSP3] e Plano e Plano [PLPL3]. 

Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (28) terão direito aos proventos anunciados. 

Na quarta-feira (03), ficam “ex-direitos” os papéis de Bradesco [BBDC4], Aliansce Sonae* [ALSO3], Grendene [GRND3], São Carlos* [SCAR3] e Cyrela [CYRE3].

No dia seguinte, quinta-feira (04), Pão de Açúcar* [PCAR3], as units da Taesa [TAEE11], Natura* [NTCO3], Movida [MOVI3] e Santos Brasil [STBP3] ficam “ex”.

Por fim, na sexta-feira (05), ficam “ex-proventos” as ações de Auren [AURE3], units do Santander [SANB11]*, SLC Agrícola [SLCE3], Simpar [SIMH3] e Cielo [CIEL3].

*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que estas ações ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.

Indicadores econômicos

A próxima semana inteira será marcada pelas decisões de taxas de juros no Brasil, EUA e Zona do Euro.

Para o Brasil, o analista de macroeconomia da Benndorf Research, Marco Ferrini, afirmou que o Copom deve manter a taxa de juros no patamar atual de 13,75%. 

Além disso, os comentários do Banco Central devem vir centrados nos bons dados recentes da inflação e na instabilidade no setor bancário americano. 

“Esperamos que o comitê enfatize mais uma vez o processo de desancoragem das expectativas de inflação e risco fiscal presente na economia brasileira, dando sequência aos embates com o governo e sinalizando que os juros devem permanecer nesse patamar por mais tempo”, declarou.

No caso dos Estados Unidos, o Federal Open Market Committee (Fomc) deve promover uma última alta de 0,25 p.p. em sua taxa de juros – trazendo-a para o intervalo entre 5% e 5,25% – e, desta forma, encerrar seu ciclo de aperto monetário, de acordo com Marco. 

Com a crise no setor bancário americano voltando aos holofotes por conta da queda das ações do First Republic Bank, o analista explica que “o comunicado [do Fomc] deve reforçar a resiliência e solidez do sistema bancário americano”.

“Além disso, devemos ver uma clara sinalização sobre o fim do ciclo de aperto monetário e comentários sobre os dados recentes de inflação, que mostraram queda no indicador geral, mas seguem estáveis no núcleo”, completou.

Por fim, o BCE continua imprevisível, comenta o analista. “A autoridade pode conduzir uma nova alta de 0,25 p.p. ou 0,5 p.p. e ambas não seriam surpreendentes.”

Marco assinala, entretanto, que o banco deve dar seguimento em sua postura hawkish, uma vez que a inflação do bloco e das principais potências que o compõem permanecem altas e com núcleos praticamente inalterados.

“No mais, podemos ver comentários sobre a estabilidade do sistema bancário americano e sobre a possibilidade de impactos na Europa”, apontou.

Panorama do Ibovespa

O Ibovespa fechou o último pregão antes do feriado com uma boa movimentação, em que um pregão de alta reverteu as perdas de três pregões os quais o mercado caiu lentamente, de acordo com o analista técnico da Benndorf Research, Filipe Borges.

“No gráfico diário, nós temos o mercado em tendência de alta, com topos e fontes descendentes”, explicou o analista.

Além disso, ele pontuou que o gráfico deixou um suporte “bem marcado” nos 102 mil pontos, com uma resistência de curto prazo nos 106 mil pontos e depois nos 108 mil e 500.

Desempenho do Ibovespa de 24 a 28 de abril. [Fonte: Filipe Borges/Trading View]

Dicas de Trades

Para trades na próxima semana, Filipe Borges indica que a Movida [MOVI3] pode oferecer oportunidades. Segundo ele, o papel segue em movimentação e tendência de alta no curto prazo.

O analista também pontua que a ação está conseguindo se manter acima dos R$ 8,60 – um desempenho extremamente positivo. A ação tem uma resistência intermediária em R$ 8,90, que, caso rompida, abre espaço para altas de até R$ 9,52. 

“Passando em R$ 9,52, o que eu acredito que tem boas chances de passar, o ativo segue rumo ao fechamento do gap na região dos R$ 13,00, o que daria um upside passando em torno de 50%”, completou.

Desempenho de MOVI3. [Fonte: Filipe Borges/Trading View]

Outra possibilidade de trade, para o analista, seria o papel de Sequoia [SEQL3], o qual segue em movimentação de baixa.

O pivô de baixa da ação está “completamente alinhado e com entrada de fluxo vendedor nas mínimas, o que aumenta a probabilidade do ativo romper e cair ainda mais”.

O analista comenta que o suporte principal da ação está em R$ 0,45 e, com a perda deste patamar, ele sugere stop ou redução de qualquer posição comprada, já que tecnicamente não existe mais sentido em manter compra no ativo. 

Os alvos estão em R$ 1,00 e alvo principal em R$ 0,78.

Desempenho de SEQL3. [Fonte: Filipe Borges/Trading View]

Por fim, Filipe indica que Bradesco [BBDC4] montou uma formação gráfica de cunha de alta – que foi rompida -, após sofrer forte desvalorização nos últimos meses. 

“Tem uma resistência de curto prazo em R$ 14,21. Se rompida, o próximo alvo de Bradesco passa a ser R$15,25, completamente alinhado para alta nos próximos dias e nas próximas semanas”, afirmou.

Desempenho de BBDC4. [Fonte: Filipe Borges/Trading View]

Calendário Macroeconômico

Hora

País

Evento

Segunda-feira

10h45

11h

11h

 

EUA

EUA

EUA

 

PMI industrial

índice ISM de emprego no setor manufatureiro (abr)

Preços no setor manufatureiro ISM (abr)

Terça-feira

3h

5h

5h

5h

11h

 

Reino Unido

Zona do Euro

Zona do Euro

Zona do Euro

EUA

 

Índice nationwide de preços dos imóveis (abr)

PMI industrial

Núcleo do CPI

CPI

Encomendas à indústria (mar)

Quarta-feira

6h

10h45

11h30

18h

 

Zona do Euro

EUA

EUA

Brasil

 

Taxa de desemprego (mar)

PMI composto S&P global (abr)

Estoques de petróleo em Cushing 

Decisão da Taxa de Juros Selic

Quinta-feira

5h

5h

5h

9h30

9h30

22h45

 

Brasil

Zona do Euro

Zona do Euro

EUA

EUA

China

 

IPC-Fipe (abr)

PMI composto S&P global (abr)

PMI do setor de serviços (abr)

Produtividade do setor não agrícola (1T23)

Custo unitário da mão de obra (1T23)

PMI do setor de serviços Caixin (abr)

Sexta-feira

6h

9h30

 

Zona do Euro

EUA

 

Vendas no varejo (mar)

Payroll (abr)

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