O volume de vendas no varejo brasileiro cresceu 2,5% em janeiro, se recuperando da queda registrada em dezembro e registrando a maior alta em 1 ano. Na comparação anual o índice teve alta de 4,1%. No comércio varejista ampliado a alta mensal foi de 2,4% e a anual foi de 6,8%.
Cinco das oito atividades avançaram em relação a dezembro, com destaque para Tecidos, vestuário e calçados (8,5%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (6,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,2%) e Móveis e eletrodomésticos (3,6%).
Todas essas atividades haviam registrado volume maior em novembro, impulsionadas pela Black Friday, e houve queda em dezembro à medida que os consumidores anteciparam as compras para aproveitar os descontos.
As atividades que contraíram no período foram Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%).
Ademais, as duas atividades do varejo ampliado tiveram comportamento distinto, com crescimento em Veículos, motos, partes e peças (2,8%) e contração em Material de construção (-0,2%).
O comportamento do varejo em janeiro pode ser explicado pelas queimas de estoque que acontecem no período após o fim de ano.
Dito isso, a tendência é que os próximos resultados sejam menos voláteis, mas seguimos com perspectiva positiva para o varejo em 2024, principalmente discricionário, à medida que o consumo nacional apresenta maior resiliência, beneficiado pelo desemprego e inflação baixos, aumento dos subsídios, salários crescentes, melhora no mercado de crédito e queda de juros.