Em sua carta de maio, a gestora do fundo Reach Small Caps reafirmou a confiança na Randon [RAPT4], apesar do cenário adverso. A empresa enfrenta retração na demanda por implementos agrícolas e caminhões, pressionada por juros altos, preços mais baixos de commodities e maior endividamento dos produtores rurais.
Nos Estados Unidos, o ciclo de demanda por trailers também permanece fraco, impactando as operações da Hercules e da AXN.
A gestora sustenta a tese de investimento baseada em três pilares: valuation atrativo, receita resiliente no mercado de reposição e diversificação geográfica. A divisão de reposição responde por 46% da receita consolidada, demonstrando resistência às oscilações econômicas. Além disso, a expansão internacional e os projetos tecnológicos como e-Sys e Nione ampliam as opcionalidades de valor futuro.
A expectativa é que uma eventual queda da Selic funcione como catalisador: cada corte de 1 ponto percentual reduz cerca de R$ 50 milhões em despesas financeiras, melhorando a alavancagem e liberando caixa para investimentos.
Outro fator positivo apontado foi o anúncio da família controladora: os recursos de uma possível venda parcial da Fras-le seriam reinvestidos na Randon, reduzindo alavancagem, fortalecendo a estrutura de capital e viabilizando a migração da RAPT4 para o Novo Mercado.
Soma das partes de Randon (Valuation) mostra ação ainda atrativa. O gráfico ilustra a avaliação por soma das partes da Randon.
A gestora destaca que, ao considerar separadamente os ativos da companhia e subtrair as dívidas, o valor implícito da operação principal aparece subavaliado, justificando a manutenção da posição no portfólio, mesmo diante das dificuldades atuais.
O valor de mercado da ação está abaixo da soma das partes, sugerindo uma oportunidade de reprecificação quando o cenário melhorar.
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