O anúncio inesperado de um dividendo extraordinário de R$ 1,5 bilhão por parte da Rumo [RAIL3] chamou atenção do mercado. A decisão, divulgada no dia 11 de junho, representa um dividend yield de aproximadamente 4,2%, bem acima das expectativas de analistas, e gerou reações positivas, ainda que cautelosas, por parte de grandes instituições financeiras como BTG Pactual e Goldman Sachs.
O BTG considerou a decisão uma resposta positiva às críticas dos investidores sobre a falta de retorno de capital. O banco destacou que a medida reforça a confiança na gestão da empresa e pode indicar uma mudança na política de alocação, embora tenha levantado dúvidas sobre uma possível influência da Cosan, controladora da Rumo, que busca reduzir sua alavancagem.
O Goldman Sachs também avaliou a notícia como positiva, destacando que o valor superou sua estimativa de dividendos para 2025, que era de R$ 1 bilhão. No entanto, a instituição financeira ponderou que o impacto para a Cosan é marginal e não resolve sua fragilidade financeira, com o índice de cobertura de juros ainda projetado abaixo de 1x até o fim do ano.
Ambos os bancos ressaltaram que a Rumo segue financeiramente sólida, com alavancagem controlada e boas perspectivas operacionais, negociando a múltiplos atrativos e com TIR implícita de 10,8%.
Recomendação e preço-alvo
Para a Rumo, o BTG Pactual tem recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 25,00, o que representa um potencial de alta de 30% em relação ao último fechamento das ações. Já o Goldman Sachs possui recomendação Neutra para a companhia, com preço-alvo de R$ 21,00 e isso representa uma alta de 9,20% para os papéis, em relação ao último fechamento.
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