Safra divulga projeção para bancos no 2T25, Bradesco sai na frente

O Safra divulgou suas projeções para os resultados dos principais bancos no segundo trimestre de 2025. A expectativa é mais positiva para o Bradesco, que deve apresentar lucro líquido de R$ 6,05 bilhões, alta de 3% em relação ao trimestre anterior, com retorno sobre patrimônio (ROE) de 14,7%. O banco deve se beneficiar da redução de carteiras reestruturadas e da melhora nas margens com depósitos, além do bom desempenho da área de seguros. O custo de risco deve subir levemente, mas ainda em patamar considerado saudável.

Já para o Santander Brasil, o Safra projeta um trimestre mais fraco, com lucro líquido estimado em R$ 3,52 bilhões, queda de 8% na comparação trimestral, e ROE de 16%. A instituição deve ser pressionada pelo impacto do aumento dos juros sobre a gestão de ativos e passivos (ALM), além de registrar resultado negativo no NII de mercado, estimado em -R$ 505 milhões. O custo de risco deve subir para 4,9%, refletindo o aumento da inadimplência.

No caso do Itaú Unibanco, a previsão é de lucro líquido de R$ 11,51 bilhões, avanço de 4,1% sobre o trimestre anterior, com ROE de 23,3%. O crescimento do NII com clientes deve compensar a queda no NII de mercado e o aumento de provisões. Apesar da expectativa de aumento na inadimplência entre pessoas físicas e pequenas e médias empresas (PMEs), o custo de risco deve se manter controlado, sem pressão relevante nos resultados.

Por fim, o Banco do Brasil deve registrar um trimestre mais fraco, com lucro líquido estimado em R$ 4,65 bilhões, queda de 37% em relação ao primeiro trimestre. O ROE deve cair para 10,3%. A principal pressão virá do aumento nas provisões, projetadas em R$ 14 bilhões, especialmente nos segmentos de crédito rural e corporativo para PMEs. O banco deve enfrentar maior formação de inadimplência, afetando diretamente a rentabilidade no período.

Recomendação e preço-alvo

O Safra tem para Bradesco e Itaú recomendação de compra, com preços-alvo de R$ 21,00 e R$ 46,00, respectivamente. Já para Banco do Brasil e Santander a recomendação é neutra, com preços-alvo de R$ 25,00 e R$ 35,00, respectivamente.

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