O PMI de Serviços do Brasil teve alta de 2,6 pontos em janeiro e passou de 50,5 para 53,1, registrando um ritmo sólido de expansão e o mais forte em 7 meses.
O nível de atividade mais forte dos serviços foi puxado por uma expansão considerável dos novos pedidos, que foi a mais acelerada desde junho do ano passado.
De acordo com os participantes da pesquisa, um investimento maior dos clientes, a força da demanda e a aprovação de cotação estimularam o crescimento. A melhora das condições de demanda e do otimismo impulsionaram a criação de empregos, que cresceu pelo quarto mês consecutivo e no ritmo mais acelerado desde agosto.
Em relação à inflação, o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e serviços públicos contribuiu para um aumento mais acelerado dos custos gerais. Embora tenha acelerado em comparação com dezembro, a taxa de inflação foi uma das mais fracas dos últimos 3 anos e meio.
Ainda assim, algumas empresas aumentaram seus preços de venda, visando repassar os encargos para os consumidores.
Por último, os prestadores de serviços continuaram otimistas para os próximos 12 meses, com expectativas de melhores condições econômicas e o lançamento de investimentos industriais sustentando as previsões positivas. O nível de confiança ficou em linha com sua média histórica, mas recuou para a mínima de 6 meses.
Assim como a indústria, os serviços dão sinal de crescimento mais acelerado no começo do ano, com relatos de melhoras nas condições e demanda no mercado interno e criação de empregos.
Entretanto, preferimos aguardar por mais dados para confirmar o início de ano robusto, visto que a demanda nacional tem oscilado consideravelmente nos últimos meses em meio aos níveis elevados de endividamento e inadimplência, juros altos e pouca renda disponível.
De modo geral, o cenário de queda da taxa básica e programas de renegociação de dívidas devem trazer benefícios para os serviços e a indústria ao longo do ano.