Surto de gripe acende novo alerta e ações de empresas de saúde caem na Bolsa: pressão negativa é exagerada?

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Se não bastasse a preocupação com a variante ômicron da Covid-19, o inesperado surto de gripe em grandes cidades no Brasil tem sido uma nova fonte de preocupação na área de saúde, pressionando a rede pública e hospitais – além das ações do setor na Bolsa.

Na véspera, as ações da Hapvida (HAPV3) caíram 3,2%, a R$ 11,05, seguindo em baixa na sessão desta quinta-feira (23).

Ontem, a companhia destacou aumento “significativo” de atendimento a pacientes com “sintomas típicos de viroses” nas últimas semanas, que pode ter potencial impacto no sinistro no quarto trimestre.

No dia 20 de dezembro, a Hapvida registrou, dentro da sua rede própria, 14 mil atendimentos de urgência e emergência relacionados a síndromes respiratórias, ante 7 mil registrados em 15 de março, pico anterior obtido durante a segunda onda de covid-19. A empresa afirmou ainda que esta tendência pode impactar negativamente os custos médicos no quarto trimestre.

Papéis de outras companhias, como Qualicorp (QUAL3) e NotreDame Intermédica (GNDI3), esta última em vias de fusão com a Hapvida, também tiveram queda (-2,5%), assim como a Rede D’Or (RDOR3), em baixa de 5,7%.

Rafael Barros, analista de saúde da XP, apontou que efeito da Ômicron e da gripe deve pressionar os custos de empresas de saúde. “A leitura que o mercado pode estar tendo é que isso pode atrasar a recuperação dessas empresas”, com elevação de custos, disse ele à Reuters. O analista apontou que ações de hospitais também caíram uma vez que foram contaminadas pela queda no setor como um todo.

Os analistas do Itaú BBA, embora apontem que o comunicado de ontem tenha impactado negativamente a ação da Hapvida (e também de outros ativos do setor), veem a reação do mercado como excessiva.

“Isso porque, por enquanto, não vimos esse aumento nas consultas de pronto-socorro levando a um aumento nas internações, o que seria mais prejudicial para a sinistralidade da empresa no curto prazo”, avaliam. Eles apontam que, segundo a Hapvida, esse surto tem implicações semelhantes aos surtos virais que ocorreram na região Nordeste do País no período pré-pandêmico, que geraram mais consultas e mais exames, porém com baixo índice de internação. O BBA segue com recomendação equivalente à compra para os ativos da Hapvida, com preço-alvo de R$ 18 para 2022.

O Bradesco BBI, por sua vez, destacou alguns dados apresentados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) referentes a novembro que consideraram levemente negativos para operadoras de planos de saúde.

Os analistas apontaram que os testes de diagnóstico aumentaram (12% versus novembro de 2019) após uma queda em
outubro (baixa de 1%), provavelmente devido ao surto de gripe e procedimentos eletivos mais elevados em andamento relacionados ao acúmulo criado durante a pandemia. Os exames representam cerca de 20% dos custos totais.

Já a ocupação de leitos em operadoras verticalizadas ficou estável na variação mensal em 73%, em linha com novembro pré-pandêmico de 2019, com o número de leitos também estável em 14,8 mil. As hospitalizações representam cerca de 45% dos custos médicos totais.

Consultas em unidades de emergência, no entanto, aumentaram novamente, 5% acima do nível pré-pandêmico de fevereiro de 2020 pela primeira vez (alta de 6% na variação mensal em novembro em cima de alta de 4% na variação mensal em outubro), devido ao recente aumento nos casos de influenza A. Essas consultas representam apenas 4% dos custos médicos, mas geralmente demandam outros procedimentos como medicamentos, que devem quase dobrar esse número, na avaliação do BBI.

“Vemos esses números como levemente negativos para as operadoras de planos de saúde, devido ao maior número de atendimentos em unidades de emergência e manutenção de exames diagnósticos em níveis superiores. Isso, por outro lado, é ligeiramente positivo para hospitais e positivo para laboratórios de diagnóstico (o que deve significar um crescimento sólido e sustentado da receita, como visto no terceiro trimestre de 2021)”, apontam os analistas do BBI.

Eles acreditam que essas tendências devem se intensificar nos próximos meses em função do surto iniciado no Rio de Janeiro e que está se espalhando para outros estados.

Apesar das notícias ligeiramente negativas para os resultados do quarto trimestre de nomes como Hapvida, NotreDame e SulAmérica (SULA11), os analistas do BBI mantiveram a preferência pelas operadoras em relação às prestadoras, dada a perspectiva da casa de lucros ainda melhores para 2022.

Às 11h48 (horário de Brasília) da sessão desta quinta-feira, as ações HAPV3 caíam 3,26%, a R$ 10,69, os papéis GNDI3 tinham queda de 3,40%, a R$ 61,35, enquanto os ativos SULA11 tinham baixa de 4,59%, a R$ 24,71. QUAL3 caía 3,51%, a R$ 15,65, enquanto RDOR3 tinha baixa mais amena, de 0,77%, a R$ 42,42.

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