A Suzano [SUZB3] operou entre as maiores altas no pregão de hoje (03), depois de reportar que seu lucro líquido teve alta expressiva de 2690% na comparação entre o segundo trimestre de 2023 e o de 2022.
A empresa registrou lucro líquido de R$ 5,078 bilhões no 2T23, enquanto o mesmo indicador em 2022 havia sido R$ 182 milhões.
Segundo Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed, o principal fator que contribuiu para esse salto expressivo foi o hedge cambial – isto é, uma operação feita para proteger a empresa de possíveis variações cambiais.
Entretanto, ele sinaliza que, na questão operacional, os resultados não trouxeram melhora. Inclusive, ele aponta para uma piora neste quesito.
A margem Ebitda da empresa caiu 12 p.p. na comparação entre o 2T23 e o 2T22, indo a 43%, pressionada pela queda do Ebitda ajustado em 38%, que foi a R$ 3,919 bilhões.
Além disso, a receita da empresa somou R$ 9,160 bilhões no período entre abril e junho, uma baixa de 20% na comparação anual.
O especialista também apontou outro problema para o operacional da Suzano: o preço da celulose.
“Os resultados, operacionalmente falando, foram bem piores, muito por conta do preço da celulose”, afirmou.
Recomendação para SUZB3
Segundo o analista técnico da Benndorf Research Filipe Borges, SUZB3 está confirmando o rompimento de um pivô de alta no gráfico semanal, com entrada de volume e fluxo comprador. Isto, por sua vez, aumenta a probabilidade do ativo seguir com um bom desempenho.
O analista tem como alvos para o papel a região de R$ 57,50 e alvo final em R$ 64,00. Já o stop, para proteção da compra nesta operação, ficaria abaixo dos R$ 43,00.
Ele também sinaliza que é comprador do ativo no curto prazo.