Tesouro Direto: em semana de Copom e de novas revisões para IPCA e PIB, juros dos títulos públicos avançam

Tesouro Direto: em semana de Copom e de novas revisões para IPCA e PIB, juros dos títulos públicos avançam

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Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide sobre a nova taxa básica de juros (Selic), economistas consultados pela autoridade monetária voltaram a revisar as perspectivas para a inflação oficial e para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e no próximo.

Conforme o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (6), a mediana das projeções agora aponta que a inflação oficial deve avançar para 10,18% este ano e 5,02% em 2022, ou seja, levemente acima do teto da meta do ano que vem. Uma semana antes, a expectativa era que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminaria em 10,15% e 5,00%, respectivamente.

Atenção ainda para a PEC dos Precatórios. Como o texto aprovado no Senado alterou a proposta da Câmara, parlamentares avaliam como promulgar os trechos em comum entre as duas Casas ainda neste ano.

Nesse contexto, o mercado de títulos públicos opera com avanço nas taxas na manhã desta segunda-feira (6). Na abertura dos negócios, os retornos dos papéis de inflação chegam a subir 6 pontos-base (0,06 ponto percentual), contra 5 pontos-base (0,05 ponto percentual) no caso dos prefixados.

Na primeira atualização do dia, os juros reais do Tesouro IPCA + 2035 e 2045 avançavam de 5,09%, na sessão anterior, para 5,15% ao ano. Da mesma forma, o Tesouro IPCA+ 2055, com pagamento semestral de juros, oferecia retorno real de 5,24% ao ano, contra 5,22%, na tarde de sexta-feira (3).

No caso dos prefixados, o papel com vencimento em 2024 oferecia retorno de 11,10% ao ano, frente aos 11,06% ao ano, vistos na última sessão. Nesse mesmo horário, o Tesouro Prefixado 2031 oferecia juros de 11,06% ao ano, acima dos 11,01%, registrados anteriormente.

Após alcançar uma diferença de 51 pontos-base no ápice do estresse com o drible ao teto de gastos, a distância entre o retorno oferecido pelo Prefixado 2024 e o 2031 recuou de forma significativa e estava em apenas 5 pontos-base (0,05 ponto percentual), na primeira atualização desta segunda-feira.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na manhã desta segunda-feira (6): 

Taxas Tesouro Direto

Fonte: Tesouro Direto

Focus

Um dos destaques da agenda econômica está na revisão para baixo do mercado financeiro – pela oitava semana – das projeções para o desempenho da economia brasileira este ano. Agora, a expectativa é de crescimento de 4,71% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ante projeção anterior de 4,78%. Para 2022, as estimativas também sofreram piora, pela nona vez consecutiva, de 0,58% para expansão de 0,51%.

Os dados constam no Relatório Focus e foram divulgados na manhã desta segunda-feira (6) pelo Banco Central.

Embora as pressões de parte dos agentes financeiros sigam presentes para que o Banco Central adote uma postura mais dura para conter as pressões inflacionárias, a expectativa, segundo o Focus, é de alta de 1,5 ponto percentual da Selic, para 9,25% ao ano, sem mudanças em relação ao levantamento anterior.

Já para 2022, conforme trouxe o Focus, as expectativas são de Selic a 11,25% ao ano, também sem alterações. Entretanto, para 2023, o mercado elevou sua aposta para 8% ao ano.

PEC dos Precatórios, Orçamento e combustíveis

Na cena política, os impasses entre Câmara e Senado sobre o texto da PEC dos Precatórios estão no foco dos investidores. Isso porque a alteração da proposta no Senado fará com que ela precise retornar à Câmara.

Assim, a intenção dos congressistas, segundo Arthur Lira, presidente da Câmara (PP-AL), é pelo fatiamento do texto, promulgando apenas os pontos comuns aprovados nas duas Casas.

A aprovação da PEC dos Precatórios no Senado também alterou o cronograma do Orçamento de 2022 e agora o Congresso tem até o dia 17 de dezembro para votar a proposta.

Com isso, o novo calendário estipula uma tramitação “relâmpago” das principais decisões que determinarão o tamanho e o destino das verbas federais no próximo ano, que é de eleições presidenciais.

O relatório geral do Orçamento só deve ser conhecido em 16 de dezembro. Ou seja, haverá o intervalo de um dia entre a publicação do parecer e a votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenário.

Também na seara política, o mercado acompanha novidades da fala do presidente Jair Bolsonaro sobre reduções no preço dos combustíveis. Em entrevista ao site Poder 360, o presidente afirmou que o corte poderá acontecer nesta semana, mas não informou de quanto seria o ajuste, nem deu mais detalhes.

A Petrobras (PETR3;PETR4), por sua vez, informou em comunicado ao mercado nesta segunda-feira que não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado.

Cena internacional

No radar externo, o foco dos agentes financeiros está em notícias que vêm da China. O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou hoje o corte de 50 pontos-base na taxa do compulsório bancário (RRR, na sigla em inglês), com efeito a partir de 15 de dezembro. Com a redução, a taxa média em vigor fica em 8,4%, de acordo com comunicado divulgado.

A decisão marca a primeira queda da RRR chinesa desde julho. Segundo a instituição, no entanto, a medida é uma “operação regular” e não muda a orientação “prudente” da política monetária. A estimativa é de que a mudança no compulsório libere até 1,2 trilhão de yuans em liquidez.

Outro destaque está na informação de que o China Evergrande Group alertou para um possível calote de títulos em dólares, após a companhia ter sido chamada para pagar US$ 260 bilhões em obrigações de dívida.

“À luz do atual status de liquidez do grupo, não há garantia de que o grupo terá fundos suficientes para continuar a cumprir suas obrigações financeiras”, disse o grupo, em um comunicado na sexta-feira (3).

Já nos Estados Unidos, investidores voltam as atenções para os preços ao consumidor americano, que devem mostrar o maior avanço anual em décadas, mantendo a pressão sobre o Fed, o banco central americano, para fornecer um aperto de política mais rápido. No entanto, é pouco provável que essa avaliação mude depois que os empregos nos EUA tiveram o menor ganho neste ano.

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