Vilões do Ibovespa? Veja quais empresas estão causando a queda do índice no ano

B3 queda

Donos das maiores participações no índice, VALE3 e bancos possuem grande impacto na queda do Ibovespa em 2024  

A Vale [VALE3] é responsável por 37% dos 7.845 pontos que o Ibovespa perdeu em 2024 até a última sexta-feira (26). Apresentando 18,02% de variação negativa nos últimos sete meses, a mineradora compromete diretamente o principal índice da B3, já que é a companhia com o maior percentual de participação na carteira do benchmark. Porém, não é só a VALE3 que detém grande influência sobre o resultado do índice.

Existem cinco empresas cruciais para entender o momento do Ibovespa: Vale [VALE3], Petrobras [PETR4 e PETR3], Itaú [ITUB4], Bradesco [BBDC4 e BBDC3] e Eletrobras [ELET3]. De acordo com estudos realizados pela gestora de fundos MSX Invest e fornecidos pelo estrategista Marco Saravalle, Vale e Bradesco são agentes que estão “segurando” o índice, por suas perdas de pontos significativas. Em contrapartida, Petrobras e Itaú apresentaram um bom desempenho em 2024, o que, de certa forma, ajuda na contenção de danos ao IBOV.

Contribuição das ações mais relevantes no Ibovespa para a queda do índice, até 24 de julho. [Fonte: MSX Invest/TradeNews]
Contudo, além das companhias de grande participação, o Ibovespa conta com ações de menor peso. Setores como construção civil, varejo e consumo também estão negativos no ano, o que corrobora para a baixa do índice. O estrategista de investimentos da Nomos, Max Bohm, atribui parte da culpa pela queda do benchmark a essas ações, as quais vêm sendo impactadas pela abertura de juros – que foi expressiva na primeira parte de 2024.

A performance negativa do índice majoritariamente devido à desvalorização de apenas um punhado de ações levanta a questão sobre a validade do Ibovespa enquanto referencial para decisões de investimentos.

Marco Saravalle acredita que não existe outro índice no Brasil para substituir o Ibovespa. “Continua sendo o maior índice de referência [na B3], não vejo isso mudando. O que pode é a gente, ao longo do tempo, mudar um pouco a composição desse índice, né? Mas não vejo nenhum outro índice sendo utilizado para substituição ou como referência de renda variável no Brasil.”, pondera.

Em contraponto, Max Bohm afirma não ser a favor da utilização do principal índice da B3 como fator decisivo para investimentos: “Eu não olharia o índice para tomar decisão de investimento, olharia um universo de empresas maior, inclusive com small caps e com BDRs também.”

Como exemplo, Max destaca Inter [INBR32] e Mercado Livre [MELI34], duas BDRs (obviamente) listadas fora do Ibovespa.

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