As bolsas da Ásia fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira (09), após dados mostrarem que os preços ao consumidor e ao produtor da China subiram abaixo do esperado em agosto, alimentando esperanças de mais estímulos de Pequim à economia local. A desvalorização do dólar também impactou positivamente as praças asiáticas.
A inflação ao consumidor da China subiu em um ritmo mais lento que o esperado em agosto, enquanto a taxa de inflação ao produtor atingiu a mínima de 18 meses, refletindo uma economia impactada por fraca demanda doméstica e deixando espaço para mais flexibilização da política monetária do banco central chinês.
O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 2,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, abaixo dos 2,7% de julho. Já o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 2,3%, menor alta desde fevereiro de 2021, e inferior aos 4,2% do mês anterior, devido à queda nos preços de energia e matérias-primas.
“A inflação no portão de fábrica deve cair ainda mais ao longo do ano, graças a uma queda contínua nos preços das commodities e a uma base de comparação mais alta”, disseram os analistas da Capital Economics Sheana Yue e Zichun Huang em relatório.
Os mercados asiáticos refletiram também uma queda do dólar, consequente à decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Ontem, a autoridade monetária da Zona do Euro subiu a taxa de juros em 0,75 p.p.
O iene japonês desenhou seu melhor salto diário em um mês, com 1,4% de alta, para 142,05 ienes por dólar, se afastando da mínima de 24 anos atingida recentemente.
O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, disse hoje que os movimentos rápidos do iene eram indesejáveis, após uma reunião com o primeiro-ministro Fumio Kishida.
A moeda japonesa tem sido impactada negativamente pela postura monetária ultra-acomodatícia do Banco do Japão, em contraste com os apertos monetários em outros lugares.
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(Com Agência Estado, Dow Jones Newswires e Reuters)