Bolsas da Ásia fecham em queda no último pregão antes do Natal, em linha com NY

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As bolsas da Ásia fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira (23), acompanhando o movimento de ontem em Nova York, cujos índices caíram entre 1% a 2%. Internamente, investidores digeriram a ata da reunião do Banco do Japão (BoJ) e dados inflacionários do país, também à espera do índice PCE, dos EUA.

A inflação ao consumidor japonês subiu 3,8% em novembro na comparação anual. O índice de Tóquio também reagiu à divulgação da ata da penúltima reunião do BoJ, realizada em outubro.

Dirigentes do banco observaram que é importante continuar com a atual flexibilização monetária para atingir a meta de estabilidade de preços de forma sustentável e consistente. Na ata, os membros do BC concordaram que não hesitarão em tomar medidas adicionais de flexibilização, se necessário, sendo que é esperado que as taxas de juros de curto e longo prazo permaneçam em seus níveis atuais ou inferiores.

“Um membro expressou a opinião de que as taxas de juros de longo prazo em níveis baixos trazem benefícios significativos para a macroeconomia no momento”, diz o documento. No entanto, um outro membro ponderou que é importante continuar a examinar como as futuras estratégias de saída dessa política monetária acomodatícia afetariam o mercado e se os participantes do mercado estariam bem preparados para eles.

Sobre a inflação, os dirigentes concordaram que a taxa de variação anual do índice de preços ao consumidor (CPI) provavelmente aumentaria no final de 2022 devido a aumentos nos preços de energia, alimentos e bens duráveis. No entanto, os membros concordaram que, com base no ano fiscal, a taxa de aumento anual do CPI provavelmente ficará abaixo de 2% a partir de 2023.

“Ainda esperamos que a taxa básica de juros do BoJ permaneça inalterada em 2023 – é improvável que o BoJ se mova até cumprir seu mandato de meta de inflação” de 2%, opinou o ING em relatório.

Na China, autoridades estão esperando um pico de infecções por Covid-19 dentro de uma semana, prevendo pressão extra no sistema de saúde do país. Zhang Wenhong, diretor do Centro Nacional de Doenças Infecciosas, disse na ontem (22), à agência de notícias The Paper, apoiada pelo governo de Xangai, que a China “tem previsão de atingir o pico de infecções dentro de uma semana”.

“O pico de infecção também aumentará a taxa de doenças graves, o que terá um certo impacto em todos os nossos recursos médicos”, prosseguiu Wenhong, acrescentando que a onda durará mais um ou dois meses depois disso.

De modo geral, o foco dos mercados ficou sobre o movimento de ontem em Wall Street, cujas bolsas caíram em ritmo firme após o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do terceiro trimestre crescer mais do que o esperado e acima do apontado pelas leituras preliminares.

O dado, divulgado no dia anterior ao índice PCE, medida inflacionária favorita do Fed, elevou temores de que a política monetária nos EUA siga restritiva ao longo de todo o ano que vem. Ainda que as sinalizações dos dirigentes do BC americano apontem para isso, investidores mantém-se esperançosos por um possível corte de juros na segunda metade de 2023.

🇨🇳 Shanghai -0,28% (3.046)

🇯🇵 Nikkei -1,03% (26.235)

🇭🇰 Hang Seng -0,44% (19.593)

🇰🇷 Kospi -1,83% (2.313)

 

(Com Agência Estado, Reuters e Dow Jones Newswires)

 

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