A produção industrial da Zona do Euro cresceu 1,5% em fevereiro, ante janeiro, superando as expectativas de 1%. Em comparação com fevereiro do ano passado, a produção industrial cresceu 2%.
Todos os grandes grupos industriais avançaram no período, com destaque para a produção de bens duráveis (2,2%), que foi seguida pelos bens de consumo não duráveis (1,9%), bens intermediários e energia (1,1%, cada) e bens de consumo duráveis (0,2%).
A produção industrial europeia engata o segundo mês consecutivo de crescimento, provavelmente muito influenciada pela retomada da China e expectativa de demanda crescente nos próximos meses, mas também levando em conta a resiliência do setor terciário europeu.
De toda forma, esperamos que o bloco europeu desacelere ao longo do ano já que a inflação segue elevada e deve sofrer mais pressão após a redução da oferta de petróleo no mercado mundial, forçando o BCE a seguir sua trajetória restritiva.
Outro fator de risco que se mostrou impactante nos PMIs de março foi a instabilidade no sistema bancário americano e a venda do Credit Suisse ao UBS, fato que deve contribuir para manter as incertezas elevadas nos próximos meses e prejudicar a atividade econômica.