A produção industrial dos Estados Unidos cresceu 0,5% em abril, ante março, retomando a expansão após dois meses de estagnação. Em relação a abril de 2022, a produção industrial cresceu apenas 0,2%. O resultado de abril, que tinha mostrado crescimento de 0,4%, foi revisado para estabilidade.
No mês, a manufatura cresceu 1%, impulsionada pela produção de veículos motorizados e partes; excluindo os veículos e partes, a produção das fábricas cresceu 0,4%. O índice da mineração cresceu 0,6%, enquanto o índice de serviços públicos recuou 3,1% à medida que as temperaturas mais amenas diminuíram a demanda por aquecimento. A utilização da capacidade da indústria subiu marginalmente para 79,7%, taxa que é igual à média de longo prazo do indicador.
As produções de bens duráveis e não duráveis expandiram 1,6% e 0,4%, respectivamente. As outras manufaturas recuaram 0,1%. Os outros grupos industriais entre os duráveis mostraram resultados mistos, com a maior alta vindo de veículos motorizados e partes (9,3%), devido à normalização das cadeias de suprimentos, e a maior queda veio da manufatura diversa (-1,4%). Entre os não duráveis, produtos de plástico e borracha tiveram a expansão mais expressiva (1,2%), à medida que vestuário e couro registrou a queda mais acentuada (-0,8%).
A produção da mineração aumentou 0,6%, com o crescimento partindo em grande parte da extração de petróleo e gás natural. Já a produção dos serviços públicos recuou 3,1%, impactado tanto pela eletricidade quanto pelo gás natural.
Entendemos o aumento da produção industrial de abril como um resultado pontual, beneficiado em grande parte pela base de comparação. No mais, com as perspectivas de desaceleração no primeiro mundo e a lentidão na China ainda prevalecendo, a demanda deve continuar em trajetória descendente, reduzindo o nível de produção industrial. Outros fatores que impactam o setor de forma ampla são a taxa de juros restritiva e a redução da oferta de crédito que está em andamento e deve ganhar força nos próximos meses