Perda de ritmo nos EUA surpreende

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O PMI Composto dos Estados Unidos caiu 1,6 ponto, para 50,4, mínima de 6 meses, na prévia de agosto. A perda de ritmo é resultante das quedas de 1,3 ponto no PMI de Serviços, para 51, que também foi ao menor nível em 6 meses e 2 pontos no PMI Industrial, em 47, que atingiu o menor patamar em 2 meses.

Todos os indicadores ficaram abaixo das expectativas do mercado.

A demanda deprimida dos clientes liderou a desaceleração da atividade econômica em agosto à medida que os novos pedidos recuaram pela primeira vez em seis meses. As pressões inflacionárias e os juros altos são os principais fatores de impacto na demanda, com algumas empresas citando também a necessidade de ampliar investimentos em marketing para estimular novas vendas.

Os novos pedidos de exportação também contraíram, também afetados pela demanda baixa nos principais parceiros econômicos, especialmente na Europa.
Os dados de agosto mostraram um aumento marginal no emprego e no menor ritmo da sequência atual de crescimento, que dura pouco mais de três anos.

Por um lado, empresas contrataram mais visando aumentar sua capacidade, enquanto outras demitiram em função da demanda fraca, diminuição da produção e custos salariais elevados.

Embora os dados tenham surpreendido negativamente, as empresas americanas estão mais otimistas com o cenário para os próximos 12 meses. O otimismo é causado pelas expectativas de estabilização das taxas de juros, aumento do consumo e redução das pressões inflacionárias.

Algumas companhias citaram ainda iniciativas para investir em marketing.

A perda de ritmo mais acentuada da economia americana sinaliza os efeitos da taxa de juros elevada, mas também pode ser atribuída ao fato de que a inflação também segue alta, principalmente o indicador do núcleo, que contém os itens menos voláteis.

Por um lado, a redução da atividade é positiva para conter as pressões de preços e contribui para o Fed manter os juros inalterados. Entretanto, caso esse nível de desaceleração perpetue nos próximos meses, o cenário de “soft landing” da maior economia do mundo pode ser comprometido.

Até o momento, no entanto, mantemos nossas projeções de “soft landing” com uma leve recessão no início de 2024 para os EUA.

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