Desemprego segue em queda no Brasil

A taxa de desemprego brasileira recuou 0,1 p.p. em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior e foi a 7,7%, confirmando a menor taxa desde fevereiro de 2015 (7,5%). A população desocupada (8,3 milhões) recuou 3,8% (menos 331 mil pessoas) na comparação com o último trimestre, caindo para o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015 (8,3 milhões).

Já o contingente de pessoas ocupadas (99,8 milhões) foi o maior da série histórica, iniciada no 1º trimestre de 2012.

Ademais, a taxa composta de subutilização foi de 17,6%, ficando praticamente estável no trimestre, mas atingindo a mínima desde dezembro de 2015. A população subutilizada também permaneceu inalterada na mínima desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016.

Já o contingente de empregados com carteira de trabalho avançou 1,6% para 37,4 milhões, máxima desde janeiro de 2015. Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada ficou estável no trimestre e no ano em 13,3 milhões. A taxa de informalidade foi de 39,1%, mesma registrada nos
últimos 3 meses.

Finalmente, o rendimento real habitual cresceu 1,7% no trimestre e 4,2% no ano e chegou a R$ 2.982, enquanto a massa de rendimento real habitual (R$ 293 bilhões) atingiu um novo recorde da série histórica após crescer 2,7% em relação ao trimestre passado e 5% na comparação anual.

Como tem sido nos últimos meses, a queda lenta do desemprego continua, mas também seguimos observando novos recordes positivos nos subindicadores, reforçando que o mercado de trabalho brasileiro ainda está melhorando.

Ao mesmo tempo, voltamos a reforçar que a informalidade elevada é um fator de risco e que mostra a fragilidade dos empregos. Por fim, esperamos que a tendência de queda continue nos próximos meses já que a conjuntura de controle inflacionário, redução dos juros e aumento do nível de atividade perpetua.

Nesse sentido, seguimos esperando melhoras em setores de consumo, com destaque para os bens não duráveis, varejo e serviços.