Indústria americana confirma prévia e resiliência

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O PMI Industrial americano avançou 0,2 ponto e foi a 50 em outubro, confirmando o resultado da prévia e marcando um nível de atividade bastante resiliente apesar da deterioração do cenário macroeconômico.

Um aumento renovado das vendas foi uma das maiores contribuições para o resultado. Os novos pedidos cresceram pela primeira vez em 6 meses e no ritmo mais rápido desde setembro de 2022.

Apesar de as companhias terem notado uma melhora nas condições de demanda, a taxa de crescimento foi apenas marginal à medida que alguns fabricantes continuaram relatando um ambiente de vendas deprimido. O crescimento das vendas foi puxado pela demanda interna, enquanto os pedidos internacionais recuaram novamente, prejudicados pela força do dólar e
deterioração das condições de demanda.

Embora o momento do setor tenha melhorado, houve nova contração no emprego, evidenciando a capacidade ociosa. Essa foi a primeira redução da força de trabalho em 39 meses e no ritmo mais rápido desde junho de 2020, à medida que as fábricas optaram por não repor os trabalhadores.

Enquanto isso, os custos de insumos subiram no ritmo mais rápido desde abril, muito impactados pelos preços do petróleo e seus derivados. Contudo, a taxa da inflação de custos foi menor do que a média histórica. Os esforços para permanecer competitivo e aumentar vendas conteve a alta dos preços de venda.

Por último, os produtores continuam esperando um aumento da produção ao longo dos próximos 12 meses, mas o nível de confiança recuou para a mínima do ano até o momento. A diminuição dos pedidos em atraso e as condições de demanda em deterioração pesaram sobre o otimismo.

A resiliência da indústria americana está em linha com os indicadores mais recentes de atividade do país, reforçando novamente a tendência de manutenção dos juros no topo da curva por mais tempo e o posicionamento marcadamente hawkish do FED. Além disso, também vemos o cenário de “soft landing” ou até mesmo “no landing” se consolidando para a maior economia do mundo, já que os indicadores macro seguem surpreendendo.

Dito isso, ainda esperamos certa desaceleração na indústria ao longo dos próximos meses.

[Fonte: Benndorf Research]

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