A inflação aos consumidores dos Estados Unidos ficou estável em outubro, desacelerando da alta de 0,4% registrada no mês anterior. Em relação a outubro de 2022, o índice acumula alta de 3,2%, uma queda considerável dos 3,7% anteriores. Já o núcleo do indicador apresentou alta de 0,1% entre meses e teve queda marginal na comparação anual para 4,0%. Ambos os indicadores ficaram abaixo das expectativas do mercado marginalmente.
O índice de habitação continuou subindo em outubro à medida que a oferta permanece baixa e os preços elevados, compensando a queda da gasolina e resultando em estabilidade para o período.
O índice de energia recuou 2,5%, puxado pela queda de 5% nos preços da gasolina que mais do que compensou avanços em outros componentes do índice de energia. O índice de alimentos subiu 0,3%, influenciado tanto pela alimentação no domicílio (0,3%) como pela alimentação fora do domicílio (0,4%).
A inflação menor do que as expectativas contribui para aliviar ainda mais as pressões sobre a curva de juros futuros dos EUA e abre espaço para novos avanços nos índices do país. Ao mesmo tempo, a queda apenas marginal do núcleo reflete a resiliência da economia e reforça a probabilidade do Fed manter uma postura hawkish no curto prazo, mas não esperamos novos ajustes na taxa de juros. Dessa forma, vemos também um alívio nos juros futuros brasileiros e no dólar, que estão muito atrelados aos juros americanos, e mais espaço para o Ibovespa andar.