O analista fundamentalista Max Bohm e o analista técnico João Tonello mostraram suas visões sobre o desempenho de AZEV3, ALOS3, BRBI11, INBR32 e PRIO3 na live do Ação e Reação desta semana, realizada na última terça-feira (21).
BR Partners [BRBI11]
Call de compra
O papel subiu mais de 20% nas últimas semanas e foi uma das poucas small caps que tiveram uma boa performance nesse período, afirma Max. Negocia a 8,9 vezes P/L e paga em torno de 7,5% de dividend/yield.
“Eu gosto bastante de BRBI11. Sigo comprador, sigo construtivo”, concluiu.
Segundo Tonello, o ativo realizou um padrão chamado “sinal dos cães” – quando um papel recua, tenta realizar um pivô de baixa, mas volta a subir. Este movimento culminou, no dia primeiro de novembro, em um ótimo momento para compras.
O analista projeta como alvo para o papel os R$ 14,40 e, com o aval de Max no que diz respeito ao valuation da companhia, ambos especialistas indicam compra no ativo.
Prio [PRIO3]
Call de compra
A companhia sofre em novembro, pressionada pela queda do preço do barril de petróleo, ressalta Max. A commodity chegou a alcançar mais de US$ 90, depois do início da guerra entre Israel e Hamas no Oriente Médio no início do mês.
Entretanto, os preços do barril de petróleo começaram a sofrer duras correções e puxou consigo as petrolíferas. “Eu enxergo Prio muito barata, diante dos fundamentos, diante dos resultados que ela tem apresentado, diante da expectativa de Ebitda para 2024”, contrapôs Max.
O analista acredita que o petróleo deve defender os US$ 80, mas não acima dos US$ 90, o que ele considera “ótimo”. “É ótimo para as empresas de petróleo porque […] o lifting costa, o custo de extração, é muito mais baixo e, ao mesmo tempo, não gera uma inflação global.”
No fundamento, Max indica compra.
Tonello diz ser um bom momento para compras no ativo, mas confessa que o Ibovespa pode estar alto demais, o que classifica a entrada como mais arriscada.
Ainda assim, ele sinaliza compra para o papel.
Azevedo e Travassos [AZEV3]
Esperar momento
Para Max, as recentes novidades da empresa – como a entrada no mercado de petróleo e a adição de Nelson Tannure no corpo acionista da empresa – são pontos positivos. “O que eu gostaria de ver é mais resultados, mais pedidos, mais fechamentos de contratos por parte de Azevedo”, contrapôs.
No lado gráfico, Tonello afirmou ter começado a acompanhar mais de perto a movimentação de AZEV3 depois que o ativo rompeu a linha da média 200.
Apesar de isso ser um ponto positivo para o desempenho do papel, o analista indica que o fato de AZEV3 não ter renovado máximas, após ter atingido os R$ 3,30 no final de agosto. Tonello diz que o rompimento dos R$ 2,50 seria um bom momento para se pensar em compras.
Allos [ALOS3]
Esperar momento
Max vê um grande desconto entre Allos e os pares Multiplan [MULT3] e Iguatemi [IGTI11]. “Multiplan negocia a 11,8 vezes EV/Ebitda, Iguatemi negocia a 9 vezes e nossa querida Allos negocia a 8 vezes EV/Ebitda”, explicou.
Apesar de ser uma operação mais alavancada, o especialista sinaliza que a companhia está reciclando seu portfólio, a fim de diminuir sua dívida e pagar mais dividendos. “[A Allos] está focando nos ativos estratégicos e vendendo aqueles que não são.”
O ativo segue com uma performance parecida com os pares em novembro, mas Max projeta que a empresa deve apresentar resultados melhores no quarto trimestre de 2023.
Graficamente, Tonello acredita que o ativo possa seguir com o viés altista e alcançar os R$ 30,00, mas alerta que essa pode ser uma operação com um risco maior.
“Para mim, a entrada [no ativo] está atrasada. Para um analista de tendência, que gosta de coisas confirmadas e mais seguras, é um belo ponto de entrada”, afirmou.
Banco Inter [INBR32]
Não é compra no momento
“Que força tem esse papel”, declarou Max.
O banco teve uma movimentação positiva expressiva e fechou as últimas cinco semanas em alta. Negocia a 1,5 vezes P/VP, bem mais barato em relação ao principal par, Nubank [ROXO34], que negocia a 6 vezes, indica o especialista.
Max projeta que o Inter deve apresentar bons resultados nos próximos trimestres, além de um aumento progressivo em sua rentabilidade.
Para quem segue posicionado do último call de compra feito pelos especialistas no Ação e Reação de oito de novembro e em 24 de outubro – quando iniciaram a operação –, Tonello indica que permaneçam comprados.
Por outro lado, ele não vê novas entradas no momento.
Assista à live completa: