Os analistas Max Bohm e João Tonello compartilharam suas visões sobre o desempenho de EGIE3, CRFB3, LWSA3, IGTI11 e INTB3 na live do Ação e Reação desta semana, veiculada pela Nomos TV e realizada na última quarta-feira (14).
Engie Brasil [EGIE3]
Esperar momento
Max pontuou que o ativo chama sua atenção pois, juntamente com o setor elétrico, bateu máxima histórica em novembro e dezembro. Além disso, a empresa negocia a 8 vezes Preço/Lucro (P/L), 8 vezes EV/Ebitda e ainda entrega 8% de yield.
Graficamente, esse é um dos ativos mais difíceis de analisar, de acordo com Tonello. Ele disse que é necessário agregar fundamento para ENGIE3 , já que o ativo vem trabalhando há um tempo em movimentação de topos e fundos ascendentes.
“O que incomoda um pouco é que o ativo marcou eventual movimento de exaustão de alta. EGIE3 geralmente descansa perto da LTA – linha de tendência de alta – e volta a subir, o que significa que, caso o papel esteja atrativo via fundamento, pode sim tentar pegar compras”, explicou.
“Fechamento acima de R$ 41 indica compras, configurando a movimentação de OCOI, com movimento completo de ombro, o eixo central abaixo e outro ombro fazendo movimentação de alta”, demonstrou.
Carrefour [CRFB3]
Esperar momento
Em um mês que a Bolsa está caindo, CRFB3 sobe 11%, segundo Max. Ao comparar os múltiplos, prossegue, Carrefour está bem abaixo de Assaí [ASAI3], mas ainda com prêmio em relação a Grupo Mateus [GMAT3]. Apesar disso, o analista não indica a ação.
“O resultado ainda vem pressionando o ativo e pode cair mais com o 4T23, então por fundamento eu não teria CRFB3”, frisou.
Graficamente, Tonello destacou que o ativo está problemático, batendo LTB – linha de tendência de baixa. Dessa forma, o papel pode romper a LTB e continuar a movimentação de alta, assim como pode bater na LTB e voltar a cair.
“É momento de observar, sem gatilho e sem muito o que fazer”, afirmou.
O analista sugeriu que aqueles que já possuem o semanal, mantenham posição. Por outro lado, ele indicou atenção ao rompimento de R$ 12, pois pode se mostrar atrativo.
“Se o ativo perder R$ 11, se torna atrativo para vendas também”, pontuou.
LWSA [LWSA3]
Esperar momento
O papel, que já valeu R$ 34, nesse momento está a R$ 5,40, sofrendo a dinâmica da elevação de juros por ser uma small cap de tecnologia, de acordo com Max. Ainda assim, negocia a 10 vezes EV/Ebtida, o que é atrativo para uma empresa do setor.
“Segundo algumas casas que se debruçaram mais no case, o resultado do quarto trimestre vai ser o ponto de inflexão, já que nos ultimos resultados vinha perdendo muita margem em função das aquisições e incorporações”, apontou.
Nos gráficos, o histórico de LWSA3 sempre trouxe muita volatilidade gráfica, tanto para cima quanto para baixo, segundo Tonello. Além disso, geralmente é um ativo que, quando anda, o faz de forma “forte e muita rápida”.
“É um ativo para ficar de olho no gráfico diário, com fechamento acima de R$ 6,31, que significa o único fechamento acima dessa região desde agosto de 2023”, ponderou.
Iguatemi [IGTI11]
Não é o momento
Sendo uma das principais administradoras de shoppings do Brasil, focada em shoppings premium, Max ressaltou que Iguatemi tem mostrado ótima performance operacional, expandindo os aluguéis em mais de 12%, “ou seja, operação bem resiliente, mais sensível às dinâmicas de mercado”.
Ao mesmo tempo, IGTI11 negocia 14 vezes P/L e 8,5 vezes EV/Ebitda.
“Gosto muito de Allos no setor [ALOS3] também, mas ambas ainda negociam com desconto em relação a Multiplan [MULT3], e o resultado de IGTI11 pode vir bem interessante, com redução de custos, despesas e crescimento de receita, e consequentemente margens melhores”, afirmou.
Graficamente, Tonello apontou que IGTI11 é difícil de analisar, pois é possível observar o mercado trabalhando em movimentações de alta, mas não há histórico amplo no ativo.
“Hoje, eu só tenho um ponto a trazer: R$ 22,10. O valor é um divisor de águas no ativo, abaixo disso eu passo a ser vendedor”, argumentou.
O analista indicou que enquanto IGTI11 estiver acima de R$ 22,10, é um gráfico interessante, trabalhando com topos e fundos ascendentes, mas não existe padrão, o que sugere movimentação neutra.
Intelbras [INTB3]
Não é o momento
A companhia passou por 2023 de forma muito difícil, com queda de crescimento de receita e margens um pouco menores, mas em 2024 pode se recuperar após o 4T23, de acordo com Max.
Ele destacou que INTB3 cai 13% no ano, em fevereiro desce 8% e em 12 meses sofre queda de mais de 30%.
“Mas eu acho que tem uma boa operação, tem uma boa gestão e talvez esteja em um ponto de virada”, explicou.
Intelbras negocia a 11,8 vezes Preço/Lucro e 9,6 EV/Ebitda, que Max ressaltou não serem múltiplos esticados para uma empresa que alia consumo, tecnologia, segurança.
Segundo Tonello, o ativo duela com a média nove nos gráficos e vem trabalhando acima dela, fecha abaixo, volta a ficar acima e depois fecha abaixo novamente. Além disso, ele disse que o padrão de venda é forte para tentar buscar as zonas de fundo.
“Apesar dos pontos de repique, eu ficaria bem cauteloso porque, perdendo a região de R$ 19, INTB3 irá buscar fundo em R$ 16,41, o que fica feio para o ativo”, concluiu.
Assista à live completa: