por Benndorf Research
O PIB dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 2,8% no 3T24 de acordo com a primeira estimativa, ficando levemente abaixo das projeções de 3% do mercado.
O aumento do PIB real refletiu principalmente avanços nas despesas dos consumidores, exportações e gastos do governo federal. As importações, que afetam negativamente o cálculo, aumentaram.
A expansão das despesas dos consumidores foi causada por gastos mais elevados com bens e serviços. Entre os bens se destacaram as atividades de outros bens não duráveis e veículos motorizados e partes. Entre os serviços se sobressaíram os cuidados médicos, food services e acomodações. O aumento das exportações foi puxado em grande parte pelos bens (liderados pelos bens de capital, exceto automóveis). E os gastos do governo federal cresceram influenciados pelas despesas com defesa. Já as importações cresceram alavancadas pelos bens (também liderados pelos bens de capital, exceto automóveis).
Em comparação com o segundo trimestre do ano, houve queda no investimento em estoque privado e uma queda mais acentuada no investimento residencial fixo.
Nessa primeira estimativa do PIB do 3T24 vemos mais uma confirmação de que a economia americana segue bastante robusta e que devemos manter as atenções voltadas para uma possível estagnação ou até mesmo retomada da inflação, visto que ainda existem relatos de custos de insumos altos e a atividade econômica deve ganhar ritmo com o ciclo de corte de juros e com o fim das incertezas que cercam as eleições. Dessa forma, esperamos que as curvas de juros sigam pressionadas, mas sem grandes impactos nos índices acionários, que devem responder muito mais à temporada de resultados e às eleições nesse momento.