por Benndorf Research
O payroll oficial dos Estados Unidos registrou a criação de 256 mil novos empregos em dezembro, superando as projeções de 164 mil do mercado com facilidade e em linha com os resultados mais fortes dos PMIs. O desemprego também recuou de 4,2% para 4,1% no período.
Entre os subindicadores que compõem o payroll, apenas o número de pessoas que perderam o emprego permanentemente (-164 mil) teve variação relevante, totalizando agora 1,7 milhão. Todos os demais tiveram números inalterados ou com alterações irrelevantes.
As atividades que mais criaram vagas em dezembro foram os cuidados médicos (46 mil), o comércio varejista (43 mil), lazer e hospitalidade (43 mil) e o setor público (33 mil). Outras indústrias, como mineração, extração de petróleo e gás e construção, tiveram pouca mudança no mês.
No mais, o ganho médio por hora dos trabalhadores americanos cresceu em 10 centavos, ou 0,3%, para US$ 35,69. Nos últimos 12 meses, o ganho médio por hora acumula alta de 3,9%, marginalmente abaixo do resultado de novembro, mas ainda extremamente acima da meta de inflação (2%).
O mercado de trabalho americano continua o movimento de recuperação após as greves da Boeing e dos trabalhadores portuários, bem como após a temporada de furacões que atingiu o país com severidade. Além disso, diante do forte nível de atividade da economia, é esperado que o número de contratações tenha aumentado para comportar a demanda de fim de ano.
Finalmente, é nítido que o mercado de trabalho dos EUA continua forte e sem sinais de desaceleração, fato que afeta as curvas de juros futuros e justifica o comportamento mais hawkish do FED, o que reforça o nosso ceticismo com uma possível g.
