Além de ser a empresa de maior peso no Ibovespa, a Vale [VALE3] é conhecida pelos gordos dividendos costumeiramente distribuídos aos acionistas. Em volume total, a mineradora repassou R$ 28,9 bilhões no ano passado segundo a plataforma Meu Dividendo, ficando atrás apenas da Petrobras [PETR3; PETR4].
Entretanto, o montante não significa muito da ótica do investidor. Para o investimento focado em renda passiva, a métrica mais eficaz é o dividend yield, que aponta a taxa de retorno das ações em relação aos lucros distribuídos por uma empresa.
Em linhas curtas, é a proporção de quanto um investidor pode esperar receber de volta em relação ao capital investido.
O cálculo do DY consiste na divisão do valor total dos proventos – dividendos, JCP e recompra de ações – pelo preço atual do papel, seguido da multiplicação do resultado por 100, a fim de expressar o indicador como porcentagem.
O yield da Vale deve ficar em torno de 10% este ano, mas há três ativos prometendo retornos ainda mais expressivos ao acionista, indica Max Bohm, estrategista de investimentos da Nomos. “São três papéis líquidos: um de banco, uma seguradora e uma siderúrgica que devem pagar algo próximo ou um pouco mais do que Vale em 2024.”
Banco do Brasil [BBAS3]
O banco anunciou, junto à divulgação do último balanço trimestral, em 9 de fevereiro, um aumento de 40% para 45% do payout – o percentual do lucro a ser distribuído por dividendo.
O anúncio projeta dividend yield próximo a 11% nos patamares atuais de preço das ações. Assim, a estatal é “o banco que mais vai entregar yield em 2024”, avaliou Max.
BB Seguridade [BBSE3]
A divisão de seguros do Banco do Brasil promete yield igualmente mais atrativo que o da Vale, com expectativa entre 10,5% e 11%.
Trata-se de uma empresa “que gera muito caixa e recorrentemente distribui bons dividendos aos acionistas”, descreve Max. Ele acrescenta que o preço atual do papel, na faixa de R$ 32,33, é “bem interessante” para compras.
Gerdau [GOAU4]
Além de prometer dividend yield superior a 10% para 2024, a Gerdau chama a atenção por conta do estado atual de seu caixa. Ela está em seu melhor momento em termos de saúde financeira”, definiu o especialista da Nomos.
A operação da empresa está desalavancada, com baixa relação dívida líquida/Ebitda, “que permite a ela pagar bons dividendos”, explica.
Enquanto investimento, contudo, a preferência é por GOAU4, ação da holding Gerdau. Entre os demais papéis do Grupo [GGBR3; GGBR4; GOAU3], a indicada por Max é a que apresenta maior dividend yield.
Promovido pela Nomos Investimentos
Desenvolvida por Max Bohm, a carteira Max Dividendos realiza uma distribuição setorial de boas empresas pagadoras de dividendos, tendo o Índice Dividendos (IDIV) da B3 como referência.
O portfólio proporciona aos investidores se expor à renda variável com uma estratégia defensiva e recebendo renda passiva ao mesmo tempo.