Atividade volta a crescer no Brasil

O PMI Composto brasileiro subiu 1 ponto em agosto e foi a 50,6, reentrando em território de crescimento após contrair em julho. O resultado é consequência das altas de 0,4 ponto no PMI de Serviços (50,6) e 2,3 pontos no PMI Industrial (50,1).

Em agosto, o número de novos pedidos registrou mais um crescimento graças à expansão contínua dos serviços e melhora na demanda por bens, ambas resultantes das condições de demanda mais favoráveis.

A taxa de expansão foi moderada, mas mais acelerada do que a registrada em julho. O emprego agregado cresceu pelo sexto mês consecutivo, ganhando ritmo em relação ao mês anterior.

Em agosto, a indústria voltou a gerar empregos e os serviços computaram um ritmo mais acelerado de criação de vagas. Os principais motivos para a criação de empregos foram projeções otimistas de crescimento e aumentos em novos negócios.

Já os preços de insumos aumentaram a um ritmo mais acelerado, mas que permaneceu abaixo da sua média de longo prazo. Por um lado, os fabricantes registraram queda nos custos, mas houve um aumento mais acelerado entre os prestadores de serviços.

Por fim, a taxa agregada de inflação de preços foi marginal, igual a de julho e, portanto, a mais baixa em mais de três anos.

Por último, os negócios ficaram mais otimistas para os próximos 12 meses, beneficiados pela redução da taxa de juros, aumento dos novos negócios e previsões de melhoria das vendas.

Apesar de marginal, a retomada do crescimento é importante e está em linha com nosso cenário de recuperação, alavancado pelo ciclo de cortes de juros, melhora das condições financeiras, maior controle inflacionário e queda do desemprego.

Após um resultado bastante robusto do PIB no 2T23, esperamos uma confirmação dessa conjuntura nos próximos meses e novas melhoras nos PMIs, algo que deve beneficiar os ativos mais cíclicos.

[Fonte: Benndorf Research]
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