O PIB japonês cresceu 1,5% no segundo trimestre do ano, segundo trimestre consecutivo de expansão e no ritmo mais acelerado desde o 4T20. Em relação ao 2T22, o crescimento foi de 6%, melhor resultado desde o 1T21.
A economia do Japão expandiu praticamente de forma exclusiva graças à balança comercial, que contou com alta de 3,2% nas exportações ao mesmo tempo em que as importações recuaram 4,3%, terceiro trimestre seguido de contração. Além disso, os gastos públicos avançaram marginalmente e as despesas de capital permaneceram estagnadas, desacelerando do crescimento de 1,8% registrado no 1T23.
Contudo, o consumo privado, que representa mais de 50% da economia, caiu 0,5% após crescer nos últimos dois trimestres à medida que as pressões inflacionárias permaneceram elevadas. Observamos o esgotamento da demanda japonesa após um final de 2022 e início de 2023 bastante forte em razão do fim das restrições contra a pandemia.
A inflação e a decadência dos salários reais seguem como o principais fatores de impacto na economia japonesa. Dito isso, esperamos que o Japão perca ritmo no curto e médio prazos sentindo os efeitos do esgotamento da demanda e desaceleração dos principais parceiros econômicos.
Além disso, os planos do país para aumentar impostos com o objetivo de aumentar os gastos com defesa deve ser mais um fator negativo, mas ele é esperado apenas em 2024 ou até mesmo 2025.