A produção industrial chinesa cresceu 6,6% em relação a novembro do ano passado, superando as projeções de 5,6% e confirmando a taxa mais expressiva desde fevereiro de 2022. Apesar disso, boa parte do resultado está atrelado à base de comparação, já que as indústrias chinesas ainda sofriam com as restrições contra a COVID no final do ano passado.
Ainda assim, outra parte do resultado mostrou resiliência em alguns segmentos, como por exemplo na mineração (3,9% x 2,9%), manufaturas (6,7% x 5,1%) e serviços públicos (9,9% x 1,5%), que foram os destaques positivos do mês.
Entre as grandes indústrias, a produção acelerou no maquinário elétrico (10,6% x 9,8%), computadores e comunicação (10,6% x 4,8%) e têxteis (2,1% x 2%), enquanto a produção de equipamentos gerais (0,8% x -0,1%) apresentou recuperação. Ao mesmo tempo, a produção de minerais não metálicos (-0,6% x -1,1%) recuou menos.
Por último, a produção de metais não ferrosos (10,2% x 12,5%) e químicos (9,6% x 12,1%) expandiram a taxas mais lentas.
No mais, a taxa de investimento em ativos fixos permaneceu inalterada em 2,9% entre anos, marginalmente abaixo das expectativas e no pior patamar desde dezembro de 2020. Os fluxos de investimentos na China perderam bastante força ao longo do ano à medida que o país decepcionou por não conseguir confirmar uma retomada pós-pandemia e o crescimento se tornou letárgico.
Como uma parte do resultado é causada pela base de comparação, os fluxos de investimentos seguem ruins e outros dados macro continuam mostrando um nível de atividade mais lento, ainda vemos o case chinês com bastante cautela e não acreditamos em uma recuperação do país no curto e médio prazo sem novos estímulos fiscais.
Nesse sentido, entendemos que os ativos expostos à China perdem atratividade com o cenário macro do país e a queda do dólar e existem oportunidades melhores no mercado nacional.
