Indústria americana perde menos ritmo

O PMI Industrial dos Estados Unidos recuou 1,1 ponto para 47,9 em agosto, acelerando sua contração, mas em ritmo mais lento do que o marcado pela prévia. A deterioração da indústria foi causada principalmente pela diminuição dos novos pedidos, consequência do enfraquecimento da economia e receio dos clientes.

Os novos pedidos de exportação contraíram pelo décimo quinto mês seguido. No mais, a redução dos novos pedidos levou a mais uma diminuição dos pedidos em atraso, em sequência que agora atinge o décimo primeiro mês e é a segunda maior da história. A produção caiu pela segunda vez em três meses. Desde a metade de 2022, o Índice de Produção teve média de 49,1, com oito contrações mensais superando seis expansões.

Outro fator que pesou sobre a produção foi a redução dos estoques de bens finalizados, à medida que as empresas buscam manter os estoques em níveis baixos e compatíveis com a demanda mais baixa. O cenário de demanda deprimida ajudou a conter as pressões inflacionárias. Os preços médios de insumos aumentaram pelo segundo mês consecutivo, mas a uma taxa bem abaixo da média de longo prazo da série.

Produtores citaram o petróleo, químicos, plásticos e combustíveis com preços maiores. Os custos mais elevados continuaram sendo repassados aos clientes. A indústria americana continua bastante pressionada pela taxa de juros e pela inflação elevadas, que estão causando mais reduções na demanda e consequentemente no nível da atividade econômica do país.

Além disso, o momento macroeconômico externo ruim também continua prejudicando o desempenho dos produtores americanos. Em meio às expectativas de manutenção dos juros no topo da curva por mais tempo e uma aparente desaceleração da economia e do mercado de trabalho dos EUA, esperamos novas contrações para o setor industrial no curto e médio prazo. 

[Fonte: Benndorf Research]
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