As bolsas asiáticas encerraram com sinal negativo nesta quarta-feira (07), prejudicadas por um quadro de aversão geral ao risco que também afeta os pregões em Nova York e na Europa. Os índices foram pressionados também por números bem abaixo do previsto para o volume de exportações e importações da China em novembro. Neste contexto, o anúncio de novos relaxamentos de restrições contra a doença no país ficaram em segundo plano.
Segundo informou o governo chinês, as exportações do país tiveram tombo anual de 8,7% em novembro, enquanto as importações caíram 10,6%, bem maiores do que os declínios de 2% e 4% esperados, respectivamente. De acordo com a Capital Economics, esta foi a maior queda anual em exportações da China desde o começo da pandemia, enquanto as importações reduziram no maior ritmo em 30 meses.
“Esperamos que as remessas para o exterior caiam ainda mais nos próximos trimestres, com o arrefecimento da demanda global superando qualquer aumento do lado da oferta devido ao relaxamento das restrições do Covid-19. A mudança da política de Covid-zero e o aumento do apoio ao setor imobiliário acabarão por levar a uma recuperação da demanda doméstica, mas provavelmente não até o segundo semestre do próximo ano”, projeta o economista sênior para China da consultoria britânica, Julian Evans-Pritchard.
O anúncio de mais relaxamento de restrições contra o coronavírus no gigante asiático foi ofuscado. A Comissão Nacional de Saúde (NHC) ampliou a possibilidade de cidadãos fazerem quarentena em suas casas, eliminou a obrigatoriedade de realização de testes para acessar locais públicos – com algumas exceções – e reduziu o tempo de lockdown obrigatório em regiões que deixarem de apresentar novas infecções.
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