As ações do Méliuz [CASH3] conseguiram fechar em alta nesta quinta-feira (01), no primeiro dia ex-desdobramento e ex-grupamento simultâneos. Após registrarem queda na primeira metade do pregão, as ações inverteram sinal em torno das 14h e fecharam com 1,8% de ganho.
O agrupamento de CASH3 se deu na proporção de 100 para 1, e o desdobramento, na proporção de 1 para 10. A razão foi meramente operacional, de ajuste base dos acionistas, comentou Ricardo Brasil, pós-graduado em análise financeira e fundador da Gava Investimentos.
O Méliuz precisaria fazer o agrupamento de todo modo, uma vez que as ações estavam cotadas a menos de R$ 1. Papéis com preço, literalmente, de centavos por mais de seis meses sofrem exclusão dos índices da B3.
O desdobramento simultâneo, entretanto, não era requerido, mas a empresa decidiu promover ambos os eventos por ser menos custoso, explicou Ricardo.
O preço subiu, a visão sobre CASH3 não
Quanto à tese de investimentos do Méliuz, o grupamento e desdobramento “não influenciam em absolutamente nada”, afirmou o profissional. “É uma pura questão operacional.”
A única inferência possível é estatística. A maioria das empresas promotoras de grupamento “não são empresas muito boas” e geralmente se caracterizam por tendência de queda, descreve Ricardo.
No mais, sendo uma startup de tecnologia diretamente relacionada ao varejo, o Méliuz tem sofrido com a taxa de juros alta. Conforme dito por um analista ao TradeNews em janeiro deste ano, a companhia precisa começar a mostrar que pode ser rentável.
A Benndorf Research mantém a visão de que o Mercado Livre [MELI34] é uma melhor alternativa para quem deseja se expor ao e-commerce.
CASH3 rende trade?
No gráfico semanal, CASH3 se encontra em tendência de baixa, enquanto fica em consolidação no diário, comentou Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research.
“Recomendamos aguardar um fechamento abaixo do semanal em R$ 8,50 ou acima de R$ 10,60 para avaliar novas entradas na ação. No momento não apresenta oportunidade.”
