por Benndorf Research
O nível de atividade dos serviços da China tornou a desacelerar em janeiro, recuando dos 52,2 pontos de dezembro, que marcavam o melhor resultado em 7 meses, para 51 pontos, ficando bem abaixo das expectativas de 52,3 e confirmando o menor ritmo de expansão desde setembro.
O crescimento dos novos negócios recuou para a mínima de 4 meses, o emprego teve a maior queda desde abril, e a inflação dos preços de venda perdeu ritmo. O crescimento das vendas foi puxado pela maior demanda doméstica e novos pedidos de exportação após esse último item ter registrado queda em dezembro. Enquanto isso, o resultado negativo do emprego foi causado pelas demissões e redundâncias.
Nos preços, a inflação de insumos acelerou para a máxima de 3 meses, impactada pelos custos mais elevados com matérias-primas e mão de obra. Como resultado, os preços de venda aumentaram pelo segundo mês consecutivo, mas em um ritmo mais lento do que o registrado em dezembro.
Por último, o sentimento apresentou melhora, mas continua abaixo da média da série histórica em meio às preocupações relativas ao alto nível de competitividade e possíveis impactos das incertezas comerciais sobre a demanda.
Assim como comentamos no resultado da indústria, vemos a melhora da demanda doméstica relacionada ao feriado de Ano Novo Lunar, data comemorativa mais celebrada do país. Simultaneamente, a desaceleração de ambos os setores pode indicar fraqueza geral nos níveis de demanda ou uma espera dos consumidores pelo feriado, algo que deve ser determinado nas próximas semanas com os dados de venda e turismo durante o Ano Novo Lunar. Por fim, tendo em mente a conjuntura chinesa recente, entendemos que um cenário de fraqueza geral parece o mais provável e reforçamos nossa visão negativa para a China em 2025, em função da guerra comercial com os EUA, tendência de recessão na Europa e necessidade de mais estímulos governamentais para manter o ritmo de crescimento.