Bruno Barino, CEO da BlackRock no Brasil, destacou que o investimento em criptoativos é uma realidade que não pode ser ignorada. Em uma recente declaração, Barino surpreendeu ao mencionar a significativa quantidade do IBIT, o fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin à vista da BlackRock nos Estados Unidos, presente nas tesourarias dos bancos.
“Entendemos que faz muito sentido alocar até 2% da carteira em IBIT. É o ETF com maior crescimento na história e tem US$ 60 bilhões em ativos. As pessoas estão comprando e muita gente não está vendo. Às vezes é melhor entender o perfil de investimento das pessoas e lidar com a realidade”, afirmou o executivo, ressaltando o volume de adesão ao produto mesmo que de forma discreta.
Diversificação e amadurecimento do mercado
Barino enfatiza que as criptomoedas representam uma oportunidade interessante para a diversificação de portfólios, principalmente devido à sua baixa correlação com outras classes de ativos. “Quando olhamos para a evolução da utilização, esse é o case”, apontou, indicando a crescente aceitação e uso dos ativos digitais.
Apesar de reconhecer que ainda existem clientes com restrições a criptoativos e bancos que não oferecem essa modalidade de investimento em suas plataformas, o CEO da BlackRock Brasil acredita que a utilização de criptoativos faz parte de um processo de amadurecimento do mercado financeiro. Ele projeta que, “no mercado americano, já vai ter fundo de pensão comprando”, sinalizando uma tendência global de institucionalização.
IBIT no Brasil: acessibilidade via BDR
Para os investidores brasileiros, a BlackRock disponibiliza o IBIT por meio de um recibo de depósito brasileiro (BDR), negociado sob o código IBIT39. Essa iniciativa visa facilitar o acesso dos investidores locais ao mercado de bitcoin via um produto regulamentado.
A visão de Barino, conforme publicado pelo Valor Econômico, reforça a percepção de que os criptoativos estão se consolidando como uma parte legítima e relevante do cenário de investimentos global.
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