A China voltou a registrar deflação em outubro pela primeira vez em 4 meses. Após três meses de inflação, o país registrou recuo de 0,1% nos preços na comparação mensal, abaixo das expectativas de estabilidade. Entre anos, a deflação foi de 0,2%, também menor que as projeções do mercado.
Em relação a outubro do ano passado, os alimentos puxaram o resultado ao cair 4%, queda mais acentuada dos últimos 25 meses. Enquanto isso, a inflação não alimentar ficou estável em 0,7% à medida que os custos continuaram aumentando para a educação (2,3%), saúde (1,3%), vestuário (1,1%), e habitação (0,3%).
Ao mesmo tempo, os preços dos transportes caíram a uma taxa mais lenta (-0,9%).
O retorno da deflação na China está associado à ampla oferta de produtos agrícolas causada pelas condições climáticas favoráveis e à queda no consumo após o feriado da Semana Dourada, no início de outubro, segundo o departamento de estatística do país.
De todo modo, vemos que a recuperação chinesa segue bastante frágil e não há incentivos suficientes para fomentar a demanda, mas ainda é cedo para avaliar o efeito dos estímulos fiscais mais recentes.
Finalmente, permanecemos cautelosos com a China e até o momento não temos motivos para acreditar em uma retomada mais acelerada.