Demanda por aquecimento puxa produção nos EUA

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A produção industrial dos Estados Unidos cresceu 0,4% em março, ante fevereiro, superando as expectativas de crescimento de 0,2%. Na comparação anual, o indicador avançou 0,5%. No mais, o resultado de fevereiro foi revisado de estabilidade para alta de 0,2%.

Em março, as produções fabril e da mineração recuaram 0,5%, cada, enquanto o índice de serviços públicos avançou 8,4%, influenciado pela demanda por aquecimento em meio às temperaturas mais frias. A utilização da capacidade foi de 79,8%, taxa em linha com a média histórica de longo prazo.

Entre os grupos industriais, a queda na produção fabril foi causada pelos recuos de 0,9% e 0,1% na produção de bens duráveis e não duráveis, respectivamente, bem como pela contração de 0,7% na produção de outros.

Grande parte das indústrias de duráveis apresentaram perdas, com destaque para os produtos de madeira (-2,9%), seguida pelos minerais não metálicos (-2,6%). Entre os não duráveis, ganhos de até 1% foram computados em vestuário e couro, e produtos de petróleo e carvão; os químicos tiveram a maior queda (-0,9%).

A produção da mineração retraiu influenciada por quedas na extração de petróleo e gás, outra mineração e atividades de suporte. Já os serviços públicos subiram puxados tanto pela eletricidade, quanto pelo gás natural.

A taxa de operação da mineração caiu 0,5 p.p. para 91,1%, enquanto a taxa dos serviços públicos disparou 5,6 p.p. para 75,3%. A taxa da mineração está 4,7 p.p. acima de sua média histórica e a taxa dos serviços públicos permanece substancialmente abaixo de sua média de longo prazo.

Após o exposto, a alta na produção dos serviços públicos foi a única razão para o resultado positivo de março e por uma demanda pontual por aquecimento, visto que o hemisfério norte entrou na primavera e logo as temperaturas devem começar a aumentar.

Dito isso, todos os demais segmentos da indústria mostram exaustão, principalmente as indústrias de bens duráveis, novamente sinalizando os efeitos negativos das taxas de juros e inflação altas sobre as expectativas de demanda no país, que devem piorar ao longo do ano.

Além disso, reforçamos que a instabilidade bancária pode ter afetado as perspectivas do setor e levado a um aumento da cautela.

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