Desemprego no Brasil atinge segundo menor valor da história

por Benndorf Research 

 

A taxa de desocupação brasileira foi de 6,4% no trimestre encerrado em setembro, recuando em todas as comparações e atingindo o segundo menor valor da série histórica, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

A população desocupada foi de 7 milhões de pessoas, menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Já a população ocupada avançou mais uma vez e foi a 103 milhões, novo recorde da série histórica. O nível da ocupação foi de 58,4%, crescendo em ambas as comparações.

A taxa composta de subutilização (15,7%) recuou em ambas as comparações: -0,8 p.p. no trimestre e -1,9 p.p. no ano. Essa também é a menor taxa para um trimestre encerrado em setembro desde 2014. A população subutilizada (18,2 milhões) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015. E a população desalentada (3,1 milhões) foi a menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016.

No mais, o número de empregados com carteira assinada foi de 39 milhões, renovando o recorde da série. De modo semelhante, o número de empregados sem carteira assinada foi de 14,3 milhões, também renovando o recorde. A taxa de informalidade foi de 38,8%, crescendo em comparação com o trimestre encerrado em junho (38,6%), mas ficando levemente abaixo dos 39,1% registrados no ano anterior.

Por fim, o rendimento real habitual foi de R$ 3.227, ficando estável no trimestre e crescendo 3,7% no ano. A massa de rendimento real habitual foi de R$ 327,7 bilhões e não teve variação significante no trimestre.

Novamente, o mercado de trabalho brasileiro dá sinais de muita força, reforçando o bom momento da economia do país e mantendo as pressões inflacionárias elevadas. Entretanto, ainda esperamos que a virada no ciclo de política monetária gere desaceleração na atividade econômica e consequentemente impacte a criação de empregos nos próximos meses. Dito isso, as curvas de juros tendem a permanecer pressionadas e podemos ver reflexos no Ibovespa, mas a temporada de resultados deve ser o principal foco do momento.

 

Sair da versão mobile