A taxa de desemprego brasileira caiu para 7,9% no trimestre encerrado em julho, número 0,1 p.p. menor do que o registrado nos três meses imediatamente anteriores.
Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 1,2 p.p. Essa é a menor taxa de desocupação desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015.
Na comparação com o trimestre de fevereiro a abril, a população desocupada recuou 6,3% para 8,5 milhões, menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015.
Ao mesmo tempo, a população ocupada cresceu 1,3% para 99,3 milhões. Já o nível de ocupação foi estimado em 56,8%, 0,6 p.p. maior do que o computado nos três meses anteriores.
A taxa composta de subutilização recuou 0,7 p.p. e foi a 17,8%.
Entre trimestres, a população subutilizada caiu 3,1% e totalizou 20,3 milhões, menor contingente desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016.
No mais, o número de empregados com carteira assinada permaneceu estável em 37 milhões, enquanto o número de empregados sem carteira assinada cresceu 4% entre trimestres e foi a 13,2 milhões.
A taxa de informalidade avançou 0,2 p.p. para 39,1% da população.
Por último, o rendimento real habitual ficou inalterado em R$ 2.935 e a massa de rendimento real habitual foi de R$ 286,9 bilhões, recorde da série histórica e 2% maior do que a registrada nos três meses encerrados em abril.
O resultado do desemprego mostra uma perda de ritmo em relação aos resultados anteriores, mas confirma o quarto trimestre móvel consecutivo de diminuição no número de desocupados.
Além disso, a redução da população desocupada e da população subutilizada para as mínimas de 2015 e 2016, respectivamente, ao mesmo tempo que a massa salarial atinge a máxima histórica são indicadores que reforçam a melhora do mercado de trabalho brasileiro.
Por outro lado, o novo aumento da informalidade e o patamar elevado da mesma continuam mostrando a fragilidade dos empregos.
Dito isso, esperamos novas quedas no desemprego ao longo dos próximos meses, com o mercado de trabalho beneficiado pelo ciclo de queda dos juros e pelo aumento do nível de atividade, fatores que devem refletir positivamente sobre os setores de consumo mais elásticos.