A taxa de desemprego brasileira recuou 0,3 p.p. em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior e foi a 8% no trimestre encerrado em junho, menor patamar para o período desde 2014. Em relação ao primeiro trimestre do ano, a redução foi de 0,8 p.p.
Na comparação com o 1T23, a população desocupada caiu 8,3% para 8,6 milhões, enquanto a ocupada cresceu 1,1% para 98,9 milhões. O nível da ocupação registrou alta de 0,5 p.p. para 56,5%. A taxa composta de subutilização recuou 1 p.p. para 17,8%, influenciada pela diminuição dos desocupados, da população subutilizada (-5,7%) e da população desalentada (-5,1%).
No mais, o número de empregados com carteira assinada permaneceu estável em 36,8 milhões, enquanto os empregados sem carteira assinada cresceram 2,4% para 13,1 milhões. A taxa de informalidade, por sua vez, apresentou alta de 0,2 p.p. em relação aos três meses anteriores e foi a 39,2%.
Por fim, o rendimento real habitual também não teve alterações e permaneceu em R$ 2.921. A massa de rendimento foi de R$ 284,1 bilhões, também inalterada. A manutenção da tendência de queda da taxa de desemprego corrobora o momento positivo de recuperação da economia brasileira após um início de ano bastante conturbado e com diversas incertezas.
Dito isso, entendemos que o mercado de trabalho nacional deve ganhar mais ritmo com a inflação baixa e início do ciclo de cortes de juros e consequente reaceleração da atividade econômica. Além disso, a minimização do risco fiscal e político também contribuem para o aumento do emprego.