A China registrou deflação de 0,2% em maio, o quarto mês consecutivo. Em relação a maio de 2022, o indicador subiu para 0,2%, saindo da mínima de 26 meses computada em abril, mas ainda abaixo das expectativas do mercado de 0,3%. O núcleo da inflação avançou 0,6% a/a, recuando marginalmente dos 0,7% de abril.
A inflação de alimentos saiu da mínima de 13 meses marcada no mês passado (1% x 0,4% em abril) influenciada pelas altas mais expressivas das frutas e do óleo de cozinha, e uma queda mais leve nos vegetais frescos.
Enquanto isso, a inflação não alimentícia ficou estável em 0,1%, à medida que as quedas em transportes (-3,9% x -3,3%) e habitação (-0,2% x -0,3%) mais do que compensaram altas em saúde (1,1% x 1%) e educação (1,7% x 1,9%).
O novo resultado fraco da inflação aos consumidores chineses dá margem para o governo chinês formular um pacote de estímulos fiscais robusto para o setor imobiliário, possibilidade que alavanca o minério de ferro na manhã de hoje e é um bom indicador para as mineradoras.
No mais, um pacote expressivo deve dar mais gás à economia chinesa, beneficiando o Brasil e tornando os ativos cíclicos mais interessantes em conjunto com a queda de juros e inflação contida.