O FOMC optou por manter a taxa de juros americana estável no intervalo entre 5,25% e 5,5%, uma decisão amplamente em linha com as projeções do mercado e que já estava precificada.
Em comparação com o comunicado anterior, a declaração de julho trouxe algumas mudanças no texto apontando para desaceleração no mercado de trabalho e mais progresso em direção à meta de inflação de 2% do país. Além disso, o Comitê afirmou que está atento aos riscos para ambos os seus objetivos (inflação abaixo da meta e máximo emprego) e não mais apenas para a inflação, dando sinais positivos para um possível corte de juros já na reunião de setembro.
No mais, o FOMC trouxe a mesma justificativa da última reunião para manter os juros estáveis no patamar atual e citou a necessidade de mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável para a meta de 2%. Ademais, houve uma reafirmação de que o órgão seguirá analisando de forma cuidadosa os novos dados, a evolução do cenário e o balanço de riscos, além de continuar reduzindo seu balanço de títulos.
Dito isso, vemos uma postura levemente mais dovish e otimista do FOMC, acenando positivamente com um possível corte de juros já na reunião de setembro e em linha com as expectativas do mercado, que atualmente precifica uma chance de mais de 95% do corte ocorrer já no próximo encontro. Entretanto, preferimos nos manter mais cautelosos no momento e aguardar por mais dados de atividade e inflação para avaliar os movimentos da autoridade monetária daqui para frente.