O Ibovespa é o indicador de maior significância para a bolsa de valores brasileira.
O índice é composto pelas principais companhias no mercado nacional, correspondendo aproximadamente a 80% do volume total das negociações realizadas na B3, de acordo com as informações expostas no site oficial da própria companhia.
De forma geral, os índices refletem a realidade do mercado e são fundamentais tanto para quem investe em renda variável quanto para quem acompanha o cenário econômico como um todo.
As altas e quedas nas bolsas de valores de todo o mundo são medidas a partir de índices, que calculam a média do desempenho das ações mais negociadas nos últimos meses.
Em um mercado globalizado, compreender o funcionamento dos índices é essencial, não apenas para se manter informado, mas também, pôr em prática todas as metas financeiras, sejam elas pessoais ou corporativas.
Por isso, distinguir quanto à performance e ir além do tradicional, é o termômetro de análise indicado para ter mais exatidão na hora de colocar o próprio dinheiro em uma carteira.
Para melhor compreensão de como funciona o mercado de capitais, é preciso entender o que é um índice de ações, explica o estrategista da BRA BS/, Rodrigo Correa.
“O índice é uma tentativa de dar referência ao mercado, ao invés de falar sobre as 400 ou mais ações que existem na B3, realiza-se a média entre elas, nomeia-se, e essa variável se torna a direção média do mercado.”
Para que servem os índices
Falando do mercado nacional, os índices funcionam, também, como indicadores de desempenho para a performance das ações presentes nas carteiras teóricas.
Dessa forma, atuam como termômetro para a economia, revelando os ânimos do mercado. Por exemplo, tempos de crise tendem a causar queda das ações, que é acompanhada pelos índices.
Ter conhecimento de índices diferentes do Ibovespa pode fazer sentido na hora de ter uma referência mais equilibrada.
Na opinião do especialista, Rodrigo Correa, além do Ibovespa, principal índice de referência do Brasil, “entender as deficiências que existem em outros índices é fundamental para buscar setores pouco explorados e completar o portfólio”.
Investir em setores em que o índice tem pouca representatividade, traz maior equilíbrio de referência concentrada, afirma o estrategista de investimentos.
Sendo assim, para quem já investe ou está pensando em investir, faz todo sentido acompanhar os índices da B3, bolsa de valores mais importante da América Latina.
Ter conhecimento sobre o mercado e seus índices fornece uma alternativa promissora de diversificação e também qualifica ainda mais uma análise fundamentalista, ao permitir a identificação de padrões com a observação de outros mercados.
Além do Ibovespa
Para o mercado local, o critério utilizado com objetivo de medir o grau de importância do índice é a relevância em relação ao desempenho desse grupo de ativos na bolsa.
Cada índice apresenta seus respectivos ativos, ou seja, para cada tipo, há especificações que devem ser cumpridas, de forma que cada indicador apresente o desempenho de um grupo de ativos na bolsa.
Eles podem ser de diversas categorias, ou seja, há índices que reúnem ações de construtoras, outros que reúnem papéis do setor financeiro, ativos como moedas, títulos públicos, fundos imobiliários, etc.
Esses são apenas quatro dos vários índices disponíveis na B3, e, a essa altura, é possível perceber que o mercado brasileiro não se resume ao Ibovespa.
1 – Índice Small Caps – SMLL
O SMLL é um índice de retorno total. Ele é um indicador que reflete não apenas as variações nos preços dos ativos integrantes do índice no tempo, mas também o impacto que a distribuição de proventos por parte das companhias emissoras desses ativos teria no retorno do índice.
Para compor o índice, os ativos devem estar fora da lista dos que representam 85% do valor de mercado de todas as empresas na B3. Contudo, o ativo deve estar entre os 99% mais negociados na bolsa.
2 – Índice Brasil (IBrX-100 e IBrX-50)
O IBrX-100 é composto pelas 100 principais ações do mercado brasileiro em relação ao número de negociações e volume financeiro.
Já o IBrX-50 é formado pelas 50 ações mais negociadas na B3, considerando a relação entre seu valor de mercado e liquidez.
3 – Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários – IFIX
O IFIX reflete o desempenho médio das cotações dos fundos imobiliários negociados no Brasil.
O indicador mostra não somente a variação dos preços das cotas fundos, mas também, leva em consideração os dividendos distribuídos ao longo do tempo.
4 – Índice de energia elétrica – IEEX
O Índice de Energia Elétrica (IEE) é o indicador do setor de energia elétrica.
Seu objetivo é apresentar as cotações dos ativos mais negociados e mais representativos do setor. Ele é formado por uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com critérios pré-estabelecidos, reformulada a cada 4 meses.
Os ativos que compõem o índice precisam pertencer ao setor de energia elétrica.
O que é um índice de bolsa de valores?
Um índice é uma pontuação atribuída a uma carteira de ações ou ativos negociados em uma bolsa específica.
Essa pontuação espelha o desempenho geral das ações das companhias que compõem o índice. Sendo assim, ele oscila de acordo com a cotação dessas ações.
Em linhas gerais basicamente funciona assim:
É realizada uma análise para saber quais são as empresas que somam a maior quantidade de negociações na Bolsa (conhecido como volume de negociações);
Em seguida, é construída uma carteira de investimentos ideal, ou seja, composta pelas ações dessas companhias;
O desempenho médio dessas ações é calculado todos os dias e dá origem ao índice.
