por Benndorf Research
O PMI Industrial brasileiro recuou 0,3 ponto em outubro e foi a 52,9, confirmando o décimo mês consecutivo de crescimento.
Os volumes de produção tiveram um aumento considerável, com a taxa de crescimento atingindo o ritmo mais rápido desde abril. Enquanto isso, o número de novos pedidos cresceu pelo 10º mês seguido, embora em ritmo mais lento que o registrado em setembro. A retomada da demanda internacional ajudou a compensar a leve queda da demanda doméstica e as empresas relataram mais pedidos vindo da África, do Japão e das Américas.
No mais, o apetite favorável dos clientes e o otimismo acerca perspectivas de crescimento levaram as companhias a aumentar seus estoques em uma taxa sólida já em antecipação às vendas futuras. Além disso, o ritmo de criação de empregos permaneceu robusto, mas desacelerou para a mínima de 10 meses. E no âmbito da inflação, as pressões de custo tiveram uma redução e houve um aumento mais modesto nos preços de venda.
A manutenção do crescimento na indústria é mais um sinal de resiliência do setor e da economia brasileira em meio ao cenário desfavorável. Ainda assim, a expectativa é que haja uma desaceleração ao longo de 2025 em meio à política monetária restritiva, especialmente nas atividades mais cíclicas e elásticas aos juros, de modo que os segmentos de bens de capital e bens duráveis tendem a ser os mais prejudicados. Por outro lado, as indústrias extrativas e de alimentos podem ser beneficiadas pelos ciclos de flexibilização nos Estados Unidos e na Europa e pelo câmbio desvalorizado.