por Benndorf Research
O PMI Industrial da China recuou 1,1 ponto em setembro e foi a 49,3, retornando ao território contracionista após ter crescido em agosto e marcando o pior resultado desde julho de 2023. Houve uma nova contração no número de novos pedidos, que atingiram o menor patamar em dois anos. Enquanto isso, os pedidos para exportação tiveram a queda mais acentuada em 13 meses em função de condições de mercado deprimidas. No mais, o emprego caiu, e os pedidos em atraso tiveram a primeira queda em 7 meses, evidenciando a demanda fraca. Nesse sentido, a produção cresceu marginalmente, com o crescimento atingindo a taxa mais lenta da atual sequência de expansão.
Já no âmbito da inflação, os preços de insumos tiveram a maior queda dos últimos 15 meses em função dos custos mais baixos de matérias-primas. Os preços de venda recuaram no ritmo mais rápido dos últimos 6 meses, associados aos esforços para incentivar as vendas à medida que a competitividade se intensificou.
Finalmente, o sentimento dos negócios atingiu o segundo pior resultado da série histórica, reforçando mais uma vez a desconfiança da população com o desempenho econômico esperado para os próximos 12 meses.
A indústria chinesa volta a apresentar dificuldade no fim do terceiro trimestre, reiterando mais uma vez o alto nível de desconfiança da população com o desempenho econômico e a consequente demanda deprimida que já é registrada há vários meses. No mais, apesar dos estímulos monetários recentes e do rali observado principalmente no setor de mineração e siderurgia, entendemos que o pacote é insuficiente para reaquecer a economia, sendo necessários mais incentivos, principalmente fiscais e voltados para o setor imobiliário.